Batalha de Arras (1917)

Batalha de Arras (1917)
Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial

Batalha de Arras, Abril de 1917
Data 9 de abril a 16 de maio de 1917
Local Perto de Arras, França
Desfecho Indecisivo; vitória táctica dos Aliados
Beligerantes
Reino Unido Império Britânico Império Alemão Império Alemão
Comandantes
Reino Unido Douglas Haig,
Reino Unido Edmund Allenby
Reino Unido Hubert Gough
Reino Unido Henry Horne
Império Alemão Erich Ludendorff
Império Alemão Ludwig von Falkenhausen
Império Alemão Georg von der Marwitz
Forças
23 divisões 12 divisões na linha,
5 divisões na reserva
Baixas
~ 158 000 (mortos ou feridos) ~ 120 000 – 130 000 (mortos ou feridos)

A Batalha de Arras consistiu numa ofensiva britânica durante a Primeira Guerra Mundial. De 9 de Abril a 16 de Maio de 1917, as tropas britânicas, canadianas, neozelandesas, da Terra Nova e australianas atacaram as defesas do alemãs, próximo da cidade francesa de Arras, na Frente Ocidental.

Durante grande parte da guerra, os exércitos adversários na Frente Ocidental mantiveram-se num estado de empate, com uma linha contínua de trincheiras que se estendia desde a costa belga até à fronteira suíça.[1] Na sua essência, o objectivo dos Aliados, desde o início de 1915, era penetrar nas defesas alemãs e combater com o exército alemão, numericamente inferior, numa guerra de manobra.[2] A ofensiva de Arras foi concebida como parte de um plano para atingir aquele objectivo.[3] Foi planeada em conjunto com o Alto Comando Francês, o qual também preparava um ataque em massa, a Ofensiva Nivelle, a cerca de 8 km a sul.[3] A ideia principal desta operação conjunta era acabar com a guerra em cerca de 48 horas.[4] Em Arras, o objectivo do Aliados era tirar as tropas alemãs do terreno escolhido para o ataque francês e destruir as defesas que os alemães tinham instalado em terreno alto, na planície de Douai.[3]

O esforço britânico concentrava-se numa frente de assalto entre Vimy, a noroeste, e Bullecourt, a sudeste. Depois de fortes bombardeamentos, as tropas canadianas avançaram a norte e capturaram um ponto estratégico, a colina de Vimy, e as divisões britânicas, ao centro, conseguiram avançar, significativamente, a montante do rio Scarpe. A sul, as forças britânicas e australianas esbarraram com a defesa em profundidade dos alemães, e a sua progressão foi mínima. Depois deste sucesso inicial, as tropas britânicas passaram a efectuar pequenas operações para consolidar as novas posições ganhas. Embora estas batalhas tivessem tido um significativo sucesso na conquista de alguns objectivos, estes foram atingidos à custa de um número considerável de baixas.[3]

Quando a batalha terminou, oficialmente, a 16 de Maio, as tropas do Império Britânico tinham avançado bastante no terreno, mas não tinham conseguido penetrar nas defesas alemãs.[3] Na Batalha de Arras foram utilizadas novas tácticas (incluídas em SS.135, Instruções para o Treino das Divisões para a Acção Ofensiva e SS.143 Instruções para o Treino de Pelotões para a Acção Ofensiva) e equipamento para tirar o maior partido dessas mesmas tácticas, com o pelotão a ser a principal unidade militar táctica: metralhadora Lewis, granadas lançadas com espingardas e carabinas;[5] com o bombardeamento de barragem, e o fogo de contrabateria, a serem utilizados, em particular, na primeira fase. Estas novas tácticas demonstraram ser eficazes contra posições fortemente fortificadas. Esta zona de batalha acabou por ficar num beco-sem-saída para ambos os lados, uma característica comum a toda a Frente Ocidental, excepto os ataques ocorridos em redor de Lens, que culminou na na batalha de Batalha da Colina 70.

  1. Ashworth, 3–4
  2. Ashworth, 48–51
  3. a b c d e Ashworth, 55–56
  4. Keegan (London), 348–352
  5. Griffith, P. Battle Tactics of the Western Front, (1996) pp. 84-93.

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