Batalha de Creta

 Nota: Não confundir com Batalha de Kreta.
Batalha de Creta
Batalha da Grécia, Frente do Mediterrâneo da Segunda Guerra Mundial

Paraquedistas alemães saltando em Creta.
Data 20 de maio1 de junho de 1941
Local Creta
Desfecho Vitória de pirro do Eixo
Beligerantes
 Reino Unido
Grécia
 Nova Zelândia
 Austrália
Alemanha Nazista Alemanha
Itália
Comandantes
Nova Zelândia Bernard Freyberg Alemanha Nazista Kurt Student
Alemanha Nazista Walter Koch
Forças
Reino Unido:
18 000 soldados
Grécia:
11 451 combatentes[1]
Austrália:
6 540 homens
Nova Zelândia:
7 702 soldados

Total:
40 000 – 61 800 militares (10 000 sem condições para lutar)[2]
Alemanha:
14 000 paraquedistas
15 000 soldados de montanha
280 aeronaves bombardeiros
150 bombardeiros de mergulho
180 caças
500 aviões de transporte
80 tropas de planadores
Itália:
2 700 soldados
Baixas
Pessoal:
+ 23 000 perdas[3]
  • 4 123 a 6 000 mortos[4]
  • 3 000 feridos[4] (evacuados)
  • 17 479 capturados

Material:

  • 4 cruzadores afundados
  • 6 contratorpedeiros afundados
  • 1 porta-aviões danificado
  • 2 encouraçados danificados
  • 4 cruzadores danificados
  • 2 contratorpedeiros danificados
  • 1 submarino danificado
Pessoal:
~ 6 000 perdas[3]
  • 4 041 mortos
  • 2 000 a 2 640 feridos[5]

Material:

  • 284 aeronaves da Luftwaffe destruídas ou abandonadas e centenas danificadas[6]
  • 1 contratorpedeiro italiano danificado
  • 1 barco torpedeiro italiano danificado
500 civis gregos executados pelo Eixo

A Batalha de Creta (em alemão: Luftlandeschlacht um Kreta, também chamada de Unternehmen Merkur, "Operação Mercúrio," em grego: Μάχη της Κρήτης) foi um grande combate travado durante a Segunda Guerra Mundial na ilha grega de Creta. A luta começou na manhã de 20 de maio de 1941, quando as forças armadas da Alemanha Nazista lançaram a invasão aerotransportada de Creta. O exército grego e as outras forças Aliadas, junto com civis locais, defenderam a ilha com ferocidade.[7] Após um dia de combates, os alemães haviam sofrido pesadas baixas e os Aliados estavam confiantes de que derrotariam a invasão. No dia seguinte, através de falhas de comunicação, hesitação por parte dos Aliados e novas operações ofensivas alemãs, o importante aeroporto Maleme, no oeste de Creta, foi tomado pelos nazistas, o que permitiu a eles trazer reforços e superar os defensores Aliados no norte da ilha, com muitos sendo obrigados a recuar para o sul. A Marinha Real Britânica começou então o processo de retirada das forças Aliadas de Creta, conseguindo evacuar metade do seu pessoal da ilha. O resto ou foi capturado ou se juntaram a movimentos de resistência locais. As perdas Aliadas foram altas tanto na terra quanto no mar, com vários navios sendo afundados ou danificados; no final, a marinha britânica no Mediterrâneo havia perdido muito de sua força, possuindo apenas dois encouraçados e três cruzadores operacionais.[8]

A Batalha por Creta foi a primeira ocasião em que os alemães utilizaram os Fallschirmjäger (tropas paraquedistas) em massa, sendo considerada também a primeira grande operação aerotransportada da história, a primeira que os Aliados utilizaram coordenação de inteligência para decifrar as mensagens alemãs e suas máquinas Enigma,[9][10] e a primeira vez que o exército alemão encontrou forte resistência armada de uma população civil.[11] Devido ao elevado número de baixas sofridas e a crença de que ações aerotransportadas já haviam perdido o elemento surpresa, Adolf Hitler ficou relutante em autorizar grandes operações paraquedistas pelo restante do conflito, preferindo utilizar os Fallschirmjäger como infantaria de elite comum. Em contraste, os Aliados ficaram impressionados com o potencial de tropas paraquedistas e começaram a criar, em larga escala, seus próprios regimentos de soldados aerotransportados.[12]

  1. (grego) pág. 10, retirado de 27.5.2010: 474 oficiais e 10 977 soldados
  2. Gavin Long, 1953, Official Histories – Second World War Volume II – Greece, Crete and Syria (1st ed.), Canberra: Australian War Memorial, p. 210
  3. a b Davin, Daniel Marcus (1953). Creta. The Official History of New Zealand in the Second World War 1939–1945 (New Zealand Electronic Text Collection online ed.). Wellington, NZ: Historical Publications Branch, Department of Internal Affairs, Government of New Zealand. OCLC 1252361. Acessado em 9 de novembro de 2018.
  4. a b «How British Bungling Lost the Battle for Crete in WWII - The National Herald». www.thenationalherald.com 
  5. Hans-Otto Mühleisen: Kreta 1941 – Das Unternehmen „Merkur“, 20. Mai bis 1. Juni 1941, em: „Einzelschriften zur militärischen Geschichte des Zweiten Weltkrieges“, Band 3. 1968, pág. 102
  6. Shores, Christopher; Cull, Brian; Malizia, Nicola (1987). Air War For Yugoslavia, Greece, and Crete 1940–41. Londres: Grub Street. ISBN 0-948817-07-0.
  7. «The Battle for Crete». www.nzhistory.net.nz 
  8. Pack, S.W.C. (1973). The Battle for Crete. Annapolis, MD: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-810-7.
  9. Paul Collier (6 de junho de 2014). The Second World War (4): The Mediterranean 1940–1945. [S.l.]: Bloomsbury Publishing. p. 74. ISBN 978-1-4728-0990-2 
  10. Beevor, Antony (1992). Crete : the battle and the resistance. London: Penguin. ISBN 0-14-016787-0 
  11. Maloney, Shane (julho de 2006). «Bogin, Hopit». The Monthly 
  12. Kurowski, Frank, Jump into Hell: German Paratroopers in World War II, Stackpole Books, (2010), pp. 165–166

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search