Batalha de Diu

Batalha de Diu
Descobrimentos portugueses

Imagem Ilustrativa
Data 3 de Fevereiro de 1509
Local Diu, Índia
Desfecho Vitória portuguesa decisiva
Beligerantes
Império Português Sultanato de Guzarate
Sultanato Mameluco
Reino de Calecute
Apoiado por:
 República de Veneza
Comandantes
Dom Francisco de Almeida Amir Husain Al-Kurdi,
Malik Ayyaz
Kunjali Marakkar
Forças
9 naus
6 caravelas
2 galés e 1 brigantim
800 soldados portugueses
400 naires malabares.
10 naus
6 galés
30 galés pequenas
70-150 navios-guerra
450 mamelucos
4000 a 5000 guzarates
Baixas
32 mortos, 300 desaparecidos Todos mortos excepto 22 homens.
Fortaleza de Diu, construída em 1535

A batalha naval de Diu teve lugar a 3 de fevereiro de 1509,[1] nas águas próximas a Diu, na Índia. Nela se confrontaram forças navais do Império Português e uma frota conjunta do Sultanato Burji do Egipto (de natureza mameluco), do Império Otomano, do Samorim de Calecute, e do Sultão de Guzerate.[2] E teve como desfecho uma clara vitória portuguesa, que ficou a dever-se ao maior poder de fogo da sua artilharia e à melhor preparação dos seus soldados.[3]

Embora a batalha se tenha revestido de um caráter de vingança pessoal para Francisco de Almeida, vice-rei da Índia, que perdera o seu filho D. Lourenço no desastre de Chaul, em 1508, o efeito psicológico desta vitória foi aniquilador, pois mostrava aos indianos que a marinha portuguesa não era só invencível para eles mas também para os muçulmanos e venezianos cuja aliança, até então, havia controlado o comércio oceânico.[2]

Foi uma batalha de aniquilamento semelhante às batalha de Lepanto (1571), do Nilo (1798), de Trafalgar (1805) e de Tsushima (1905) e em termos de impacto, esta batalha assinalou o início do domínio europeu dos mares do Oriente, que haveria de durar até à Segunda Guerra Mundial.[4] Como consequência, o poder muçulmano na Índia foi seriamente abalado, permitindo a que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras nas margens do Índico, como por exemplo Mombaça, Mascate, Ormuz, Goa, Colombo e Malaca.

O monopólio português no Índico duraria até à chegada dos Ingleses (Companhia Britânica das Índias Orientais) afirmada na batalha de Swally, perto de Surate, em 1612.

  1. Malabar manual by William Logan p.316, Books.Google.com
  2. a b Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas (2009). «Portugal: O pioneiro da globalização: a Herança das Descobertas. Pag. 171-172». Centro Atlântico (ISBN: 978-989-615-077-8)). Consultado em 17 de agosto de 2013 
  3. Os Dias da História - Batalha de Diu, por Paulo Sousa Pinto, Antena 2, 2017
  4. Saturnino Monteiro (2011), Portuguese Sea Battles Volume I – The First World Sea Power p. 273

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