Batalha de Muret

Batalha de Muret
Cruzada albigense

Iluminura que representa a batalha, pertencente às Grandes Chroniques de France.
Data 12 de setembro de 1213
Local Muret
Desfecho Vitória decisiva franco-cruzada.
Beligerantes
Reino da França
Cruzados
Coroa de Aragão
Condado de Tolosa
Condado de Cominges
Condado de Foix
Viscondado de Carcassone
Comandantes
Simão IV de Montfort
Bouchard de Marly
Guilhaume des Barres
Pedro II de Aragão
Raimundo VI de Tolosa
Raimundo Roger I
Forças
900 cavaleiros
700 peões [carece de fontes?]
2200 cavaleiros
20 000 - 40 000 peões[1][2][3]
Baixas
8[4] 10 000[5]

A batalha de Muret foi a batalha decisiva da chamada cruzada albigense e aconteceu a 13 de setembro de 1213 numa planície da localidade occitana de Muret, cerca de 12 km a sul de Toulouse.[6] A batalha enfrentou Pedro II de Aragão com os seus vassalos e aliados, entre os que se encontravam Raimundo VI de Tolosa, Bernardo V de Cominges e Raimundo Roger I de Foix, contra as tropas cruzadas e as de Filipe II da França lideradas por Simão IV de Montfort.[7]

O triunfo na batalha correspondeu às forças de Simão de Montfort, que se converteu, como consequência da sua vitória, em duque de Narbona, conde de Tolosa, visconde de Béziers e visconde de Carcassonne.

As tropas aragonesas e occitanas sofreram umas perdas de 15 000 a 20 000 homens. Pedro II de Aragão, conhecido como Pedro, "o Católico", faleceu na batalha e o seu filho de cinco anos, o futuro rei Jaime I de Aragão, ficou sob custódia de Simão de Montfort (com cuja filha se concertara o matrimônio futuro como uma das tentativas de resolver o conflito,[8]). Este permaneceu um ano como refém até Montfort o entregar, por ordem do papa Inocêncio III, aos templários.

A batalha de Muret marcou o começo da dominação dos reis franceses sobre a Occitânia. Foi também o começo do fim da expansão aragonesa na zona. Antes da batalha, Pedro II de Aragão conseguira o vassalado do condado de Tolosa, de Foix e de Cominges. Após a sua derrota e morte, o seu filho e herdeiro Jaime I apenas conservou o senhorio de Montpellier por herança da sua mãe, Maria de Montpellier. A partir desta data, a expansão aragonesa dirigiria-se para a Taifa de Valência e para as ilhas Baleares.

  1. As cifras não são totalmente claras.
  2. «La Bataille de Muret» (em francês). Le site internet de la Ville de Muret. Consultado em 18 de setembro de 2008 
  3. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Blazon
  4. Paladilhe, Simon de Montfort le drame cathare , pp. 227.
  5. Pedro de Vaux de Cernay, na sua "Historia Albigensis", indica entre 15 000 e 20 000 baixas, embora a cifra provavelmente seja exagerada.
  6. «Pedro II, "el Católico"». Gran Enciclopedia Aragonesa OnLine (em espanhol). DiCom Medios. Consultado em 23 de setembro de 2008 
  7. Jordi Bolòs, Dicionári da Catalunya medieval (ss. VI-XV). Ed. 62, Col·leció El Cangur / Diccionaris, núm. 284. Barcelona, abril de 2000. ISBN 84-297-4706-0, pág. 180.
  8. Herradón, Jaime I el Conquistador, el rey cruzado.

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search