Batalha de Waterloo

Batalha de Waterloo
Sétima Coligação, Guerras Napoleónicas

A Batalha de Waterloo, por William Sadler.
Data 18 de junho de 1815
Local Waterloo, então parte do Países Baixos, atual Bélgica; 15 km (9,3 mi) a sul de Bruxelas
Desfecho Vitória aliada
Fim do governo dos Cem Dias
Queda e exílio de Napoleão
Beligerantes
 França Sétima Coligação
Comandantes
Primeiro Império Francês Napoleão Bonaparte
Primeiro Império Francês Michel Ney
Primeiro Império Francês Emmanuel de Grouchy
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda Duque de Wellington
Reino da Prússia Gebhard von Blücher
Forças
73 000 soldados:[1]
  • 50 700 de infantaria
  • 14 390 de cavalaria
  • 8 050 de artilharia e engenheiros
  • 252 canhões
118 000 soldados:
Anglo-aliados: 68 000[1]
  • Reino Unido: 25 000 britânicos e 6 000 da Legião Germânica do Rei
  • Países Baixos: 17 000
  • Hanôver: 11 000
  • Brunswick: 6 000
  • Nassau: 3 000[2]
  • 156 canhões[3]
Prussianos: 50 000[4]
Baixas
5 000 mortos[5]
18 000 feridos[5]
8 000 a 10 000 aprisionados[5]
Total: 24 000

Anglo-aliados: 17 000 perdas
  • 3 500 mortos;
  • 10 200 feridos;
  • 3 300 desaparecidos[6]

Prussianos: 7 000 perdas

  • 1 200 mortos;
  • 4 400 feridos;
  • 1 400 desaparecidos.[6]

A Batalha de Waterloo foi um confronto militar ocorrido a 18 de Junho de 1815 perto de Waterloo, na atual Bélgica (então parte integrante do Reino Unido dos Países Baixos). Um exército do Primeiro Império Francês, sob o comando do Imperador Napoleão (72 000 homens), foi derrotado pelos exércitos da Sétima Coligação que incluíam uma força britânica liderada pelo Duque de Wellington, e uma força prussiana comandada por Gebhard Leberecht von Blücher (118 000 homens). Este confronto marcou o fim dos Cem Dias e foi a última batalha de Napoleão; a sua derrota terminou com o seu governo como Imperador.

Depois do regresso de Napoleão ao poder em 1815, muitos dos Estados que se tinham oposto ao Imperador formaram a Sétima Coligação, dando início à mobilização dos seus exércitos. Duas forças de grande dimensão sob o comando de Wellington e de Blücher concentraram-se perto da fronteira nordeste da França. Napoleão decidiu atacar na esperança de as destruir antes que dessem início a uma invasão coordenada da França, juntamente com outros membros da coligação. O confronto decisivo da campanha de três dias de Waterloo — 16 a 19 de Junho de 1815 —, teve lugar em Waterloo. De acordo com Wellington, a batalha foi "a mais renhida a que assisti na minha vida".[7]

Napoleão atrasou o início da batalha até ao meio-dia esperando que o terreno secasse. O exército de Wellington, posicionado ao longo da estrada para Bruxelas, na escarpa de Mont-Saint-Jean, resistiu a múltiplos ataques franceses até que, no final do dia, os prussianos chegaram em força e penetraram no flanco direito de Napoleão. Naquele momento, o exército de Wellington contra-atacou provocando a desordem das tropas francesas no campo-de-batalha. Posteriormente, as forças da coligação entraram em França repondo Luís XVIII no trono francês. Napoleão abdicou, rendeu-se aos britânicos e foi exilado na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.

O campo-de-batalha fica, actualmente em território belga, a cerca de 13 km a sudeste de Bruxelas, e a 1,6 km da cidade de Waterloo. No local da batalha existe hoje um enorme monumento designado por Monte do Leão (em francês Butte du Lion), construído por terra trazida do próprio terreno da batalha.

  1. a b Hofschröer, pp. 72–73
  2. Barbero 2005, pp. 75–76.
  3. Hamilton-Williams 1994, p. 256.
  4. Chesney 1874, p. 4.
  5. a b c Jacques Logie, Waterloo : La campagne de 1815, Racine, 2003, p. 153.
  6. a b Barbero 2005, p. 419
  7. Wikiquote:Wellington citando Creevey Papers, ch. x, p. 236

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