Bomba nuclear

A nuvem de cogumelo formada pela bomba atômica de Nagasaki, no Japão, em 9 de agosto de 1945, subiu cerca de 18 km acima do hipocentro da explosão.

Bomba nuclear é um dispositivo explosivo que deriva sua força destrutiva das reações nucleares, tanto de fissão (conhecida como bomba atômica) ou de uma combinação de fissão e fusão (conhecida como bomba termonuclear). Ambas as reações liberam grandes quantidades de energia a partir de quantidades relativamente pequenas de matéria. O primeiro teste de uma bomba de fissão (bomba atômica(pt-BR) ou atómica(pt-PT?)), o teste Trinity, marco para a entrada na Era Nuclear, liberou a mesma quantidade de energia de cerca de 20 mil toneladas de TNT. O primeiro teste de uma bomba termonuclear (bomba de hidrogênio) liberou uma quantidade de energia equivalente a cerca de 10 milhões de toneladas de trinitrotolueno (TNT). Uma arma termonuclear moderna, pesando pouco mais de 1,1 quilograma, pode produzir uma força explosiva equivalente à detonação de mais de 1,2 milhão de toneladas de TNT.[nota 1] Assim, mesmo um pequeno dispositivo nuclear não muito maior do que bombas tradicionais, pode devastar uma cidade inteira através da gigantesca explosão e por incêndios e radiação subsequentes. As armas nucleares são consideradas armas de destruição em massa e seu uso e controle têm sido um dos principais focos da política de relações internacionais desde a sua criação.

Apenas duas armas nucleares foram utilizadas durante uma guerra: quando os Estados Unidos bombardearam duas cidades japonesas no fim da Segunda Guerra Mundial. Em 6 de agosto de 1945, uma bomba de fissão de urânio cujo codinome era "Little Boy" foi detonada sobre a cidade japonesa de Hiroshima. Três dias depois, em 9 de agosto, um tipo de bomba de fissão de plutônio, de codinome "Fat Man", explodiu sobre a cidade de Nagasaki, no Japão. Estes dois ataques resultaram na morte de cerca de 200 mil pessoas — a maioria civis — por causa dos graves ferimentos decorrentes das explosões e da radiação.[1] O papel dos bombardeamentos nucleares na rendição do Japão e se seu uso foi ético ainda são questões que continuam a serem alvos de discussão atualmente.

O Japão criou seu programa próprio para o desenvolvimento armas nucleares mas, mesmo seus físicos nucleares sendo tão capazes quanto os do Ocidente,[2] dificuldades diversas impediram o progresso do programa japonês de armas nucleares.

Depois dos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, armas nucleares foram detonadas em mais de duas mil ocasiões, durante testes e demonstrações. Apenas algumas nações possuem tais armas ou são suspeitos de as terem. Os únicos países conhecidos por terem detonado armas nucleares e que são reconhecidos por possuírem esse tipo de armamento são (em ordem cronológica, de acordo com a data do primeiro teste): Estados Unidos, União Soviética (sucedida como uma potência nuclear pela Rússia), Reino Unido, França, República Popular da China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Além disso, é quase consenso que Israel também possui armas nucleares, embora o governo israelense não reconheça isso.[3][4][nota 2] Apenas um país, a África do Sul, fabricou armas nucleares no passado, mas desmontou todo o seu arsenal após o fim do regime do apartheid, quando o país aderiu ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e aceitou completamente as salvaguardas internacionais.[5]

De acordo com estimativas de 2012, obtidas pela Federação de Cientistas Americanos, existem mais de 17 mil ogivas nucleares no mundo, sendo que cerca de 4 300 delas são consideradas "operacionais", ou seja, estão prontas para uso.[3]


Erro de citação: Existem etiquetas <ref> para um grupo chamado "nota", mas não foi encontrada nenhuma etiqueta <references group="nota"/> correspondente

  1. «Frequently Asked Questions #1». Radiation Effects Research Foundation. Consultado em 18 de setembro de 2007. Arquivado do original em 19 de Setembro de 2007. total number of deaths is not known precisely ... acute (within two to four months) deaths ... Hiroshima ... 90,000-166,000 ... Nagasaki ... 60,000-80,000 
  2. Williams, Susan (2016). Spies in the Congo. New York: Publicaffaris. pág. 231. (em inglês) ISBN 9781610396547 Consultado em 2 de junho de 2022
  3. a b «Federation of American Scientists: Status of World Nuclear Forces». Fas.org. Consultado em 27 de maio de 2013 
  4. «Nuclear Weapons – Israel». Fas.org. 8 de janeiro de 2007. Consultado em 27 de maio de 2013 
  5. «Nuclear Weapons – South Africa». Fas.org. 29 de maio de 2000. Consultado em 28 de maio de 2013 

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search