Brigada

Símbolo tático de uma brigada de infantaria da OTAN.

Uma brigada constitui uma unidade militar existente nas forças armadas da maioria dos países. Tradicionalmente, a brigada corresponde à grande unidade de menor escalão de cada exército, sendo comandadas pelos seus oficiais generais de menor patente. Tipicamente, cada brigada é composta por vários regimentos ou batalhões. Várias brigadas podem formar uma divisão.

Além dos exércitos, a brigada também existe em outras organizações militares e policiais, podendo aí ter no entanto caraterísticas completamente diferentes.

As modernas brigadas de combate incluem normalmente unidades operacionais de várias armas, sendo por isso também referidas como "brigadas de armas combinadas". Cada tipo de brigada tem uma predominância de unidades de manobra de uma determinada arma. As brigadas blindadas têm predominância de carros de combate, as mecanizadas predominância de cavalaria mecanizada, as aerotransportadas predominância de paraquedistas e as de infantaria predominância de infantaria motorizada. Apesar da predominância de unidades de uma dada arma, todas as brigadas incluem também unidades ou subunidades de outras armas de manobra, de armas de apoio (como artilharia, engenharia e comunicações) e de serviços (como logística, manutenção de material e saúde). Além das suas unidades e subunidades orgânicas, a uma brigada podem ser adidos temporariamente outros elementos, para o desempenho de uma determinada missão.

Também podem existir brigadas especializadas que incluem unidades operacionais de uma única arma ou serviço. Exemplos são as brigadas de artilharia, de defesa antiaérea, de aviação, de engenharia, de comunicações e de logística.

Além das brigadas integradas em divisões, existem também brigadas independentes que podem operar de uma forma autónoma. A típica brigada padrão dos exércitos da OTAN inclui um efetivo situado entre os 3.000 e os 5.000 militares, com três ou quatro batalhões de manobra, um batalhão de artilharia e outros elementos de apoio. Este padrão é seguido por quase todos os exércitos do mundo.

No período compreendido entre a Primeira Guerra Mundial e a década de 1960, a maioria dos exércitos eliminou o escalão brigada da organização das suas divisões, passando os regimentos a depender diretamente dos comandos divisionários. Este tipo de organização ainda se mantém, por exemplo, nos exércitos da Rússia e da República Popular da China. Já a maioria dos exércitos ocidentais, durante as décadas de 1950 e 1960, seguiu o caminho contrário, re-introduzindo a brigada e eliminando o regimento da organização operacional.

Tradicionalmente, os comandantes de brigada tinham o posto de brigadeiro, o qual, conforme os exércitos poderia ser considerado ainda um posto de oficial superior, um posto intermediário ou já o primeiro posto de oficial general. Hoje em dia, de acordo com a organização de cada exército, a brigada pode ser comandada por um coronel, por um brigadeiro ou por um oficial general com um posto que poderá designar-se, conforme o caso, "brigadeiro-general" ou "general de brigada". O comandante de brigada é apoiado por um comando e estado-maior mais ou menos alargado, conforme a brigada é independente ou está integrada numa divisão. O chefe de estado-maior é normalmente um coronel ou um tenente-coronel. Algumas brigadas também poderão ter um segundo comandante.


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