Cartola (compositor)

Cartola
OMC
Cartola em setembro de 1977
Cartola em setembro de 1977
Informação geral
Nome completo Angenor de Oliveira
Também conhecido(a) como Cartola
Divino
Poeta das Rosas
Nascimento 11 de outubro de 1908
Local de nascimento Rio de Janeiro, DF
Brasil
Origem Morro da Mangueira
Morte 30 de novembro de 1980 (72 anos)
Local de morte Rio de Janeiro, RJ
Brasil
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s) samba, MPB
Ocupação(ões) Cantor, compositor
Instrumento(s) vocal, violão
Período em atividade 1927–1980
Gravadora(s) Discos Marcus Pereira
RCA Victor
Afiliação(ões) Mangueira, Zicartola, Carlos Cachaça, Dona Zica, Noel Rosa, Oswaldo Martins, Roberto Nascimento, Nuno Veloso, Hermínio Bello de Carvalho, Nelson Cavaquinho, Élton Medeiros, Elizeth Cardoso, Odete Amaral, Dalmo Castello, Eliana Pittman, Marcus Pereira, Sérgio Cabral, Francisco Alves, Vinícius de Moraes, Creusa Cartola, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Mário Reis, Sílvio Caldas, Candeia

Angenor de Oliveira, mais conhecido por Cartola OMC (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980), foi um cantor, compositor, poeta e violonista brasileiro. É considerado por diversos músicos e críticos musicais como o maior sambista da história da música brasileira. Tendo como seus principais sucessos as músicas As Rosas não Falam, O Mundo É um Moinho e Alvorada. Ajudou na fundação da agremiação Mangueira.[1]

Cartola passou a infância no bairro de Laranjeiras (Rio de Janeiro). Na infância conheceu a música e o samba, aprendendo violão com o pai.[2] Com dificuldades financeiras sua numerosa família foi obrigada a mudar para o Morro da Mangueira, a nascente favela,[3] onde fez amizade com Carlos Cachaça e outros bambas, além de se iniciar no mundo da boemia, da malandragem e do samba.[3] Após a morte de sua mãe abandonou os estudos — terminou apenas o primário.[2] Virou servente de obra e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima. Por usar esse chapéu, ganhou dos colegas de trabalho o apelido "Cartola".[3]

Junto com amigos sambistas do morro, Cartola criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo em 1928 fundou a Estação Primeira de Mangueira.[1] Ele compôs também o primeiro samba para a escola de samba,[2] "Chega de Demanda". Suas composições se popularizaram na década de 1930 nas vozes ilustres de: Araci de Almeida; Carmen Miranda; Francisco Alves;[1][3][4] Mário Reis, e; Sílvio Caldas.[3][4] Mas como cantor apenas produziu o primeiro disco na década de 1970 (seis anos antes de falecer).[1]

Em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o primeiro de seus quatro discos-solo,[1] e sua carreira tomou um novo impulso com clássicos instantâneos como: "As Rosas não Falam"; "O Mundo É um Moinho"; "Acontece"; "O Sol Nascerá" (com Elton Medeiros); "Quem Me Vê Sorrindo" (com Carlos Cachaça); "Cordas de Aço"; "Alvorada", e; "Alegria". No final da década de 1970, mudou-se para o bairro Jacarepaguá, onde morou até a morte, em 1980.[3]

  1. a b c d e «O sambista genial». revista Vila Cultural 162. 2017 
  2. a b c Dettmar, U. (11 de outubro de 1978). «Cartola». Almanaque do jornal Folha de São Paulo. Consultado em 2 de dezembro de 2015 
  3. a b c d e f Cartola no Cliquemusic
  4. a b Santana, Ana Lucia. «Cartola». InfoEscola. Consultado em 11 de outubro de 2023 

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