Catolicidade

Catolicidade (do grego καθολικότητα της εκκλησίας, "catolicismo da igreja")[1] é um conceito pertencente a crenças e práticas amplamente aceitas em várias denominações cristãs, mais notavelmente aquelas que se descrevem como "católicas" de acordo com as Quatro Marcas da Igreja. Como expresso no Credo Niceno do Primeiro Concílio de Constantinopla em 381: "Creio em uma igreja santa, católica e apostólica".

Enquanto o termo catolicismo é mais comumente associado com a fé e as práticas da Igreja Católica liderada pelo papa em Roma,[2] os traços de catolicidade e do termo "católico", também são reivindicados por outras denominações, como a Igreja Ortodoxa Oriental e a Igreja Assíria do Oriente. Também ocorre no luteranismo, no anglicanismo, bem como no catolicismo independente e em outras denominações cristãs. Embora as características usadas para definir a catolicidade, bem como o reconhecimento dessas características em outras denominações, varie entre esses grupos, tais atributos incluem sacramentos formais, uma política episcopal, a sucessão apostólica, o culto litúrgico altamente estruturado e outras eclesiologias compartilhadas. A Igreja Católica é também conhecida como a Igreja Católica Romana; o termo "católico romano" é usado especialmente em contextos ecumênicos e em países onde outras igrejas usam o termo católico, para distingui-lo dos significados mais amplos do termo.[3][4]

Entre as tradições protestantes e afins, o termo "católico" é usado no sentido de indicar uma autocompreensão da continuidade da fé e da prática do cristianismo primitivo, conforme delineada no Credo de Niceia.[5] Entre as denominações metodistas,[6] luteranas,[7] morávias[8] e reformadas,[9] o termo "católico" é usado na pretensão de serem "herdeiros da fé apostólica".[10] Estas denominações consideram-se católicas, ensinando que o termo "designa o mainstream ortodoxo histórico do cristianismo cuja doutrina foi definida pelos concílios e credos ecumênicos" e como tal, a maioria dos reformados "apelou para esta tradição católica e acreditou que estavam em continuidade com ela."[7]

  1. Μαρτζέλος 2009, p. 103-120.
  2. McBrien, Catholicism, pp. 19–20.
  3. e.g. The Roman Catholic Diocese of Galloway diocesan website
  4. e.g. The Roman Catholic Church and the World Methodist Council, report from the Holy See website
  5. George, Timothy (18 de setembro de 2008). «What do Protestant churches mean when they recite "I believe in the holy catholic church" and "the communion of saints" in the Apostles' Creed?» (em inglês). Christianity Today. Consultado em 16 de junho de 2016 
  6. Abraham, William J.; Kirby, James E. (24 de setembro de 2009). The Oxford Handbook of Methodist Studies (em inglês). [S.l.]: OUP Oxford. p. 401. ISBN 9780191607431 
  7. a b Gassmann, Günther. Fortress Introduction to the Lutheran Confessions. [S.l.]: Fortress Press. p. 204. ISBN 9781451418194 
  8. «Studying Moravian Doctrine: Ground of the Unity, Part II» (em inglês). Moravian Church. 2005. Consultado em 16 de junho de 2016. Arquivado do original em 25 de julho de 2016 
  9. McKim, Donald K. (1 de janeiro de 2001). The Westminster Handbook to Reformed Theology (em inglês). [S.l.]: Westminster John Knox Press. p. 35. ISBN 9780664224301 
  10. Block, Matthew (24 de junho de 2014). «Are Lutherans Catholic?». First Things. Consultado em 14 de julho de 2015 

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