Cesaropapismo

A conversão de Constantino,
por Peter Paul Rubens
Museu de Arte de Filadélfia

Cesaropapismo foi um sistema de relações entre a Igreja e o Estado no qual cabia ao chefe de Estado a competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo poderes tradicionalmente reservados à suprema autoridade religiosa, unificando tendencialmente as funções imperiais e pontificiais em sua pessoa. Daí decorre o traço característico do cesaropapismo que é a subordinação da Igreja ao Estado que chegou a atingir, às vezes, formas tão extremas que levou a Igreja a adotar cânones proibindo o Estado de exercer poder eclesiástico, isso no âmbito doutrinal da Igreja.

A ideologia do cesaropapismo assenta-se na ideia imperial política bizantina de querer usurpar a autoridade conciliar e o poder papal sobre a Igreja, na qual a política secular e religião são entidades indissolúveis em que o sagrado é parte do temporal, de que o Imperador ("chefe de Estado") é chefe da Igreja.

Esse fenômeno é tipicamente cristão, não se aplicando a outras civilizações como a islâmica, chinesa, indiana, japonesa. O cesaropapismo existiu apenas em ambientes históricos em que havia o Império e a Igreja em cena, e após o século XVI nos países protestantes e também aconteceu na Grécia Antiga e na península Arábica.


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