Crise Iemenita

Situação no Iêmen em outubro de 2011
Situação em março de 2012
Situação no Iêmen em 26 de Março de 2015:
  Controlado pelos Houthis e partidários de Saleh
  Controlado por partidários de Hadi
  Controlado pela Alcaida e pelo Ansar al-Sharia
  Controlado pelo Al-Hirak

A Crise Iemenita é um conjunto de conflitos internos de caráter sectário, político e religioso que ocorrem no Iêmen desde princípios do século XXI.[1] Inicialmente, o país era afligido por três insurreições: a dos salafistas-jiadistas da Alcaida e seus grupos afiliados desde 2001; o conflito em Sa'dah desencadeado em 2004 pelos Houthis; e as revoltas dos independentistas do Movimento do Iêmen do Sul.[2][3]

Porém, a crise iemenita se intensificaria com a Revolução Iemenita de 2011-2012,[1] ocorrida como parte dos grandes protestos da Primavera Árabe, que expulsou o regime ditatorial de Ali Abdullah Saleh do poder.[4][5][6] Depois que Saleh deixou o cargo no início de 2012 como parte de um acordo mediado entre o governo iemenita e grupos de oposição, o governo liderado pelo ex-vice-presidente de Saleh, Abd Rabbuh Mansur Hadi, se esforçou para unir o cenário político turbulento do país e afastar as ameaças dos militantes tanto da Alcaida na Península Arábica como dos Houthis que estavam travando uma insurgência prolongada no norte durante anos.[7][8] Em 2014, os combatentes Houthis invadiram a capital Saná e forçaram Hadi a negociar um "governo de unidade" com outras facções políticas, enquanto a capital estava sendo alvo intensivo de operações terroristas da Alcaida. Após negociações com outras facções, como a fracassada com o Al-Islah sunita, os rebeldes continuaram a colocar pressão sobre o debilitado governo até que, após seu palácio presidencial e residência privada ficarem sob o ataque do grupo militante, Hadi renunciou junto com seus ministros em janeiro 2015, o que foi rejeitado pelo parlamento iemenita. No mês seguinte, os Houthis, declararam-se no controle do governo, dissolveram o Parlamento e instalaram um Comitê Revolucionário interino liderado por Mohammed Ali al-Houthi, primo do líder Houthi Abdul-Malik al-Houthi.[9][10] No entanto, Hadi fugiu para Áden, onde declarou que continua sendo presidente legítimo do Iêmen, proclamou capital provisória do país, e apelou aos oficiais do governo leais e membros das forças armadas para se unirem a ele.[11][12]

  1. a b Iémen, o país de todas as crises e grande importância estratégica - Publico.pt
  2. «U.S. Fears Chaos as Government of Yemen Falls». The New York Times. 22 de jan de 2015 
  3. «Breakdown in Yemen - Yemen's descent toward civil war can't be ignored.». usnews.com 
  4. Silvana Toska (26 de setembro de 2014). «Shifting balances of power in Yemen's crisis». Washington Post 
  5. Hendawi, Hamza (12 de Outubro de 2014). «Yemen's crisis reflects arc of Arab Spring revolts». Yahoo! News 
  6. al-Naggar, Mona (6 de fevereiro de 2015). «In Yemen, Hard Times Remain a Constant as Rebels Take Charge». The New York Times 
  7. «Meet The Group That Now Rules Yemen». BuzzFeed. 6 de fevereiro de 2015 
  8. «Al-Qaeda thrives in Yemen amid weak security, stalled dialogue». Al Arabiya. 6 de fevereiro de 2015 
  9. al-Haj, Ahmed (6 de fevereiro de 2015). «Yemen's Shiite rebels announce takeover of country». The Columbian 
  10. «Houthi militia installs 'presidential council' to run Yemen - See more at: www.middleeasteye.net/news/houthi-militia-installs-presidential-council-run-yemen-1600545027#sthash.c3lglp00.dpu». Middle East Eye. 6 de fevereiro de 2015 
  11. «Yemen's Hadi denies Aden secession». Anadolu Agency. 21 de março de 2015. Consultado em 22 de março de 2015 
  12. Kerr, Simeon (26 de fevereiro de 2015). «UN and Gulf back Yemeni president Hadi amid fears of civil war». Financial Times. Consultado em 22 de março de 2015 

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