O Papado no Cristianismo primitivo foi um período da história papal entre 30 d.C., em que segundo a doutrina católica, São Pedro assumiu efetivamente seu papel pastoral como Cabeça Visível da Igreja, até o pontificado de São Melquíades em 313, quando inicia-se a Paz na Igreja.
A vida e as ações de muitos papas primitivos permanece envolta em mistério, como São Lino, que teria sido o segundo papa, cuja vida é totalmente desconhecida e suas atitudes como Bispo de Roma, incertas.[1] É notável a controvérsia entre os historiadores sobre o papel dos papas primitivos, enquanto alguns afirmam que eles não possuíam realmente direitos e privilégios primaciais, negando vários acontecimentos centrais da história papal, outros afirmam contrariamente, que o primado pontifício pode ser identificado nesses séculos. A visão mais aceita entre os historiadores,[2][3][4][5][6][7][8] independente de orientação religiosa, é de que a Igreja Romana possuía uma proeminência nos litígios da Igreja universal nesse período, mais de que esse papel se modificou e se acentuou nos séculos seguintes.[9]
Nesse período do cristianismo surgiram frequentemente novos cismas e heresias,[10] ao qual os Bispos de Roma tentavam solucionar, embora fatores como a distância geográfica por vezes, limitavam sua autoridade.[10] Além da Igreja Romana, as Igrejas de Alexandria e Antioquia também eram centros importantes para o cristianismo e seus bispos possuíam jurisdição sobre certos territórios. Muitos historiadores tem sugerido que seus poderes especiais provieram do fato de que as três comunidades foram chefiadas por São Pedro (Roma e Antioquia foram, segundo a Sagrada Escritura e Tradição fundadas por Pedro e Alexandria por seu discípulo São Marcos).[11][12]
Os livros da vida dos santos de Roma afirmam que devido a perseguição do Império Romano foram mártires todos os Papas dessa época,[13] embora exista incerteza sobre a morte de muitos Bispos de Roma, cujos relatos de martírio surgiram apenas muito tempo depois de sua morte, como uma lenda popular, como por exemplo, São Clemente I, que viveu no final do século I, mais a história de seu martírio remonta apenas ao século IV.[14]
O fim do papado primitivo é colocado normalmente na Antiguidade tardia em 313, quando o imperador Constantino I publica o Édito de Milão em que concede liberdade para todas as religiões, iniciando-se a Paz na Igreja. Constantino passou a interferir em muitas questões eclesiásticas, originando o cesaropapismo, e uma relação de "difícil entrosamento entre Igreja e Estado".[15] Isso provocou o começo do período de interação entre os papas e os imperadores romanos e bizantinos.[16]
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