David Hume

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David Hume
David Hume
David Hume, retratado por Allan Ramsay (1713-1784) em 1766. Edimburgo, Scottish National Portrait Gallery
Nascimento 7 de maio de 1711
Edimburgo, Escócia,
Reino da Grã-Bretanha
Morte 25 de agosto de 1776 (65 anos)
Edimburgo, Escócia,
Reino da Grã-Bretanha
Magnum opus Tratado da Natureza Humana
Escola/tradição Iluminismo, empirismo
Principais interesses Teoria do conhecimento
Epistemologia
Ética
Estética
Teologia
Política
História
Economia
Ideias notáveis Lei de Hume
Ceticismo radical
problema da indução
utilitarismo
refutação do princípio de causalidade e do livre-arbítrio

David Hume (Edimburgo, 7 de maio (ou 26 de abril-Antigo) de 1711Edimburgo, 25 de Agosto de 1776) foi um filósofo, historiador e ensaísta britânico nascido na Escócia, que se tornou célebre pelo seu empirismo radical e ceticismo filosófico. Ao lado de John Locke e George Berkeley, David Hume compõe a famosa tríade do empirismo britânico, sendo considerado um dos mais importantes pensadores do chamado iluminismo escocês e da própria história da filosofia.[1][2]

David Hume elaborou um pensamento crítico ao cartesianismo e às filosofias que consideravam o espírito humano desde um ponto de vista teológico-metafísico. Assim David Hume abriu caminho à aplicação do método experimental aos fenômenos mentais.[3] A sua importância no desenvolvimento do pensamento contemporâneo é considerável. Teve profunda influência sobre Kant, sobre a filosofia analítica do início do século XX e sobre a fenomenologia.

O estudo da sua obra tem oscilado entre aqueles que colocam ênfase no lado cético (tais como Reid, Greene, e os positivistas lógicos) e aqueles que enfatizam o lado naturalista (como Kemp Smith, Stroud e Galen Strawson). Por muito tempo apenas se destacou através do seu pensamento o ceticismo destrutivo. Somente no fim do século XX os comentadores se empenharam em mostrar o caráter positivo e construtivo do seu projeto filosófico.[4]

David Hume foi um leitor voraz. Entre as suas fontes, incluem-se tanto a Filosofia antiga como o pensamento científico de sua época, ilustrado pela física e pela filosofia empirista. Fortemente influenciado por Locke e Berkeley mas também por vários filósofos franceses, como Pierre Bayle e Nicolas Malebranche, e diversas figuras dos círculos intelectuais ingleses, como Samuel Clarke, Francis Hutcheson (seu professor) e Joseph Butler (a quem ele enviou o seu primeiro trabalho para apreciação),[5] é entretanto a Newton que Hume deve o seu método de análise, conforme assinalado no subtítulo do Tratado da Natureza Humana – Uma Tentativa de Introduzir o Método Experimental de Raciocínio nos Assuntos Morais.

Seguindo atentamente os acontecimentos nas colônias americanas, tomou partido da independência americana. Em 1775, disse a Benjamin Franklin: "sou americano nos meus princípios".

  1. Morris (2010), é o mais importante filósofo a já ter escrito em inglês 
  2. Quinton (1999), Hume foi o maior dos filósofos britânicos: o mais profundo, penetrante e abrangente 
  3. The Cambridge Companion to Hume, p. 33, [...] there is a thread running from Hume's project of founding a science of the mind to that of the so-called cognitive sciences of the late twentieth century. For both, the study of the mind is, in important respects, just like the study of any other natural phenomenon. 
  4. Norton & Taylor 2008, p. 1.
  5. Na introdução de A Treatise of Human Nature, Hume cita "Mr Locke, Lord Shaftesbury, Dr Mandeville, Mr Hutcheson, Dr Butler, etc." (...) "who have begun to put the science of man on a new footing, and have engaged the attention, and excited the curiosity of the public."

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