Demanda efetiva

Demanda efetiva, em sentido amplo, é a parte da demanda agregada que de fato se realiza na aquisição de bens e serviços, e não a procura potencial por esses bens ou serviços. Em outros termos, considerando uma economia de mercado, é a demanda de bens e serviços para a qual existe capacidade de pagamento, ou seja, a demanda solvável.

Em sentido mais restrito, demanda efetiva é um conceito desenvolvido por Keynes em A Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro (1936) para representar as forças determinantes nas mudanças da escala da produção e do emprego tomados globalmente. [1]

Demanda ou procura é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um dado mercado, durante uma unidade de tempo. No entanto, para Keynes, em vez de o patamar de equilíbrio ser definido em função da demanda e da oferta (determinando-se assim o preço), na verdade, o determinante estaria no patamar de equilíbrio entre a oferta e a demanda efetiva. A distinção entre demanda e demanda efetiva será a base para constituição da Macroeconomia e do pensamento keynesiano.

Keynes atribuiu aos economistas clássicos o ponto de partida da discussão sobre os determinantes da oferta e da demanda, sobre os níveis de produção geral e, em particular, ao debate entre Ricardo e Malthus, a discussão sobre a possibilidade de superprodução generalizada de mercadorias, problema que resultou no que se tornou conhecido como a Lei de Say. Com o conceito de demanda efetiva e sua teoria, Keynes pretendia substituir a Lei de Say, segundo a qual a produção determina a demanda, pois, se a produção é que capacita as pessoas a comprar, então a demanda não poderia ser inferior àquela. Embora fosse admitido um eventual excesso de produção em alguns mercados, este seria compensado pela escassez em outros mercados. [1]


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