Dinastia Ming

 Nota: Se procura o molusco, veja Ming (molusco).
大明
Grande Ming

Império


1368 – 1644

Selo Imperial de Dinastia Ming

Selo Imperial



Localização de Dinastia Ming
Localização de Dinastia Ming
China sob a dinastia Ming, quando comandada pelo imperador Yongle
Continente Ásia
País China
Capital Nanquim
(1368-1421)
Pequim
(1421-1644)
39° 54' N 116° 23' E
Língua oficial Mandarim
Religião Budismo
Taoísmo
Confucionismo
Religião tradicional chinesa
Governo Monarquia
Imperador
 • 1368-1398 Imperador Hongwu
 • 1627-1644 Imperador Chongzhen
História
 • 23 de janeiro de 1368 Estabelecimento em Nanquim
 • 6 de junho de 1644 Queda de Pequim
 • Abril de 1662 Fim da dinastia Ming meridional
População
 • 1393 est. 65 700 000 
 • 1400 est. 72 000 000¹ 
 • 1600 est. 100 000 000¹ 
 • 1644 est. 150 000 000 
Precedido por
Sucedido por
Dinastia Iuã
Dinastia Shun
Dinastia Qing
Jin Posterior (1616-1636)
Ming do Sul
Macau Português
Remanescentes da dinastia Ming governaram o sul da China até 1662, num período dinástico conhecido como Ming Meridional.
¹ Os números são baseados nas estimativas feitas por C.J. Peers em Exércitos chineses no Império Tardio:1520-1840
História da China
História Antiga
Neolítico 8500 AEC – 2070 AEC
Dinastia Xia 2070 AEC – 1600 AEC
Dinastia Shang 1600 AEC – 1046 AEC
Dinastia Zhou 1046 AEC – 256 AEC
 Zhou Ocidental
 Zhou Oriental
   Primaveras e Outonos
   Estados Combatentes
História Imperial
Dinastia Qin 221 AEC – 206 AEC
Dinastia Han 206 AEC – 220 EC
  Han Ocidental
  Dinastia Xin
  Han Oriental
Três Reinos 220–280
  Wei, Shu and Wu
Dinastia Jin 265–420
  Jin Ocidental
  Jin Oriental Dezesseis Reinos
Dinastias do Norte e do Sul
420–589
Dinastia Sui 581–618
Dinastia Tang 618–907
  (Segunda dinastia Zhou 690–705)
Cinco Dinastias
e Dez Reinos

907–960
Dinastia Liao
907–1125
Dinastia Song
960–1279
  Song do Norte Xia Ocidental
  Song do Sul Jin
Dinastia Yuan 1271–1368
Dinastia Ming 1368–1644
Dinastia Qing 1644–1911
História Moderna
República da China 1912–1949
República Popular
da China

1949–presente
República da
China
(Taiwan)

1949–presente

A dinastia Ming (chinês: 明朝, pinyin: Míng Cháo), ou Império do Grande Ming (chinês tradicional: 大明國; chinês simplificado: 大明国; pinyin: Dà Míng Guó), foi a dinastia que governou a China de 1368 a 1644, depois da queda da dinastia Mongol dos Iuã acabando com o período de caos iniciado por Sima Yan em 263. A dinastia Ming foi a última dinastia na China comandada pelos Hans (o principal grupo étnico da China), antes da rebelião liderada, em parte por Li Zicheng, e logo depois substituído pela dinastia Manchu dos Qing. Embora a capital Ming, Pequim, tenha sucumbido em 1644, os restos do trono e do poder dos Ming (coletivamente denominado Ming Meridional) sobreviveram até 1662.

O Estado comandado pelos Ming construiu uma vasta marinha e um exército permanente de um milhão de soldados.[1] Embora tenha existido comércio marítimo privado e missões tributárias oficiais nas dinastias anteriores, a frota tributária do almirante eunuco muçulmano Zheng He no século XV superou todas as outras em tamanho absoluto. Durante este período, havia um enorme número de projetos de construções, incluindo a restauração do Grande Canal e da Muralha da China e, também, a criação da Cidade Proibida, em Pequim, durante o primeiro quarto do século XV. As estimativas para a população no final da dinastia Ming variam de 100 a 150 milhões de pessoas. A Universidade de Calgary afirma que "os Ming criaram um dos maiores períodos de organização governamental e estabilidade social na história da humanidade".[2]

O Imperador Hongwu (r. 1368-1398) tentou criar uma sociedade de comunidades rurais auto-suficientes em um sistema rígido e imóvel que não teriam qualquer necessidade de se envolver com a vida comercial dos centros urbanos. Sua reconstrução da base agrícola chinesa e o reforço das redes de comunicação através do sistema militarizado de correio, acabou por criar o inesperado efeito da superprodução agrícola, cujo excedente era vendido nos crescentes mercados localizados ao longo das rotas de correio. A cultura rural e o comércio logo se tornaram influenciados pelas tendências urbanas. As classes mais ricas da sociedade, consagradas como a classe dos aristocratas acadêmicos, também foram afetadas por esta nova cultura baseada no consumo. Através da tradição, famílias de comerciantes começaram a produzir candidatos a oficiais acadêmicos e adotaram traços culturais e práticas típicas da classe dos aristocratas. Paralelamente a esta tendência que envolve as classes sociais e a expansão do consumo comercial, aconteceram as mudanças na filosofia social e política, na burocracia e nas instituições governamentais, e também nas artes e na literatura.

Até o século XVI, a economia da dinastia Ming foi estimulada pelo comércio marítimo com portugueses, espanhóis e holandeses. A China, então, se envolveu em um novo comércio mundial de bens, plantas, animais e culturas alimentares conhecido como o intercâmbio colombiano. O comércio com as potências européias e os japoneses trouxeram grandes quantidades de prata, que em seguida substituíram o cobre e as notas de papel como a moeda de troca principal na China. Durante as últimas décadas da dinastia Ming, o fluxo de prata na China tinha diminuído muito, comprometendo assim as receitas estatais e, de fato, toda a economia Ming. A economia sofreu ainda mais com os graves efeitos sobre a agricultura da queda da temperatura média do século XVIII, das calamidades naturais, das más colheitas, das epidemias freqüentes. A conseqüente fragmentação do poder e da diminuição do padrão de vida das pessoas permitiu que líderes rebeldes como Li Zicheng desafiassem a autoridade dos Imperadores Ming.

  1. Ásia Oriental. Ebrey (2006), 271.
  2. Universidade de Calgary (ed.). «As viagens de exploração européias e a história marítima da Dinastia Ming». Consultado em 27 de junho de 2008. Arquivado do original em 1 de outubro de 2013 

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