Embolia pulmonar

Embolia pulmonar
Embolia pulmonar
Tomografia computadorizada de tórax com agente de radiocontraste mostrando múltiplos defeitos de enchimento dos principais ramos das artérias pulmonares, devido a embolismo pulmonar crônico e agudo.
Especialidade cardiologia, hematologia, pneumologia
Classificação e recursos externos
CID-10 I26
CID-9 415.1
CID-11 1014964218
DiseasesDB 10956
MedlinePlus 000132
eMedicine med/1958 emerg/490 radio/582
MeSH D011655
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Embolia pulmonar, também conhecida como tromboembolismo pulmonar (TEP), é o bloqueio da artéria pulmonar ou de um de seus ramos. Geralmente, ocorre quando um trombo venoso (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões.[1] Os sintomas podem incluir falta de ar, dor torácica na inspiração e tosse com sangue.[2] Sintomas de trombose venosa profunda em membro inferior também podem estar presentes, como hiperemia, calor, inchaço e dor.[2] Os sinais clínicos incluem baixa saturação de oxigênio sanguíneo, respiração acelerada e taquicardia. Casos graves de embolia pulmonar não tratada podem levar a perda de consciência, instabilidade circulatória e morte súbita.[3]

Os fatores de risco para a ocorrência de trombose venosa profunda são o câncer, períodos prolongados de repouso no leito, tabagismo, acidente vascular cerebral, algumas doenças genéticas, gravidez, obesidade e alguns tipos de procedimentos cirúrgicos.[4] Uma pequena parcela dos casos podem se desenvolver a partir da embolização de ar, gordura ou líquido amniótico.[5][6] O diagnóstico baseia-se em sinais e sintomas em combinação com exames complementares. Se o risco for baixo, um exame de sangue conhecido como Dímero D pode descartar a condição. Caso contrário, exames de tomografia computadorizada, cintilografia pulmonar ou ultrassonografia de membros inferiores podem confirmar o diagnóstico.[3][7]

Os esforços para prevenir a embolia pulmonar incluem exercícios físicos no pós-cirúrgico e em períodos prolongados na posição sentada e o uso de anticoagulantes em casos específicos.[8] Essas substâncias - geralmente heparina e varfarina - são muitas vezes prescritas para uso continuado por seis meses ou mais.[3][9][10] Os casos mais graves podem requerer o uso de trombolíticos, como a estreptoquinase e o ativador do plasminogênio tecidual (RtPA), ou mesmo de intervenção cirúrgica, como a trombectomia ou embolectomia pulmonar.[3][11][12] Em pacientes com tromboembolismo venoso recorrente com contra-indicação ao uso de anticoagulantes, pode-se utilizar o filtro de veia cava.[3][9]

Embolias pulmonares afetam cerca de 430.000 pessoas por ano na Europa e 300.000 e 600.000 nos Estados Unidos.[1][13][14] Estima-se que a prevalência da doença no Brasil seja de 3,9% a 16,6%.[15]

  1. a b «What Is Pulmonary Embolism?». National Heart, Lung, and Blood Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2011. Consultado em 27 de Agosto de 2016 
  2. a b «What Are the Signs and Symptoms of Pulmonary Embolism?». National Heart, Lung, and Blood Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2011. Consultado em 27 de Agosto de 2016 
  3. a b c d e Caramelli et al 2004, p. 1-8.
  4. «Who Is at Risk for Pulmonary Embolism?». National Heart, Lung, and Blood Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2011. Consultado em 28 de Agosto de 2016 
  5. «What Causes Pulmonary Embolism?». National Heart, Lung, and Blood Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2011. Consultado em 28 de Agosto de 2016 
  6. Rodrigues et al 2007, p. 93-96.
  7. «How Is Pulmonary Embolism Diagnosed?». National Heart, Lung, and Blood Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2011. Consultado em 28 de Agosto de 2016 
  8. «How Can Pulmonary Embolism Be Prevented?». National Heart, Lung, and Blood Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2011. Consultado em 28 de Agosto de 2016 
  9. a b «How Is Pulmonary Embolism Treated?». National Heart, Lung, and Blood Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2011. Consultado em 28 de Agosto de 2016 
  10. «Living With Pulmonary Embolism». National Heart, Lung, and Blood Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2011. Consultado em 28 de Agosto de 2016 
  11. Taranto et al 1997, p. 339-348.
  12. Volschan 2001, p. 63-67.
  13. Raskob et al 2014, p. 2363-2371.
  14. Rahimtoola, Bergin 2005, p. 61-114.
  15. Terra-Filho et al 2010, p. S1-S68.

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