Escola perenialista

 Nota: Não confundir com Filosofia perene.
Os fundadores do perenialismo. René Guénon (à esquerda), Ananda Coomaraswamy e Frithjof Schuon

Escola perenialista, também chamada de perenialismo ou escola tradicionalista, é composta por um grupo de pensadores dos séculos XX e XXI que tentam expor ou reformular o que eles julgam ser uma filosofia perene, que remonta a ideias da Grécia antiga e do Antigo Egito.[1] Embora muitos estudiosos divirjam sobre questões históricas a respeito deste tema, normalmente os perenialistas enxergam pontos comuns em correntes budistas, como o mahayana, zen e o dzogchen, no hinduísmo, como o vedanta e na filosofia chinesa, como o taoísmo.[2] Normalmente autores perenialistas levam em conta registros exotéricos e também ensinamentos esotéricos.[3]

Esta corrente também é caracterizada por uma rejeição fundamental de algumas das teses do Iluminismo, do materialismo, embora nem todos os autores se oponham aos mesmos elementos característicos da modernidade da mesma forma ou com a mesma ênfase.[4][5]

Os fundadores desta corrente são o francês René Guénon, o cingalês Ananda Coomaraswamy e o suíço Frithjof Schuon. Outros pensadores influentes que se incluem no perenialismo são: Ivan Aguéli, Titus Burckhardt, Martin Lings, Marco Pallis, Fernando Sánchez Dragó e Hossein Nasr.[6] Alguns acadêmicos inserem o escritor e pintor Julius Evola nesta corrente, embora Evola apresente muitas divergências em relação aos citados, sobretudo pelo viés "prático" e "político" de suas ideias e pela influência de Nietzsche que permeia seus escritos.[7] Outro autor eventualmente vinculado ao perenialismo é o famoso intelectual romeno Mircea Eliade, embora a vinculação de Eliade seja matizada e frequentemente contestada.[8][9]

  1. Sedgwick, Mark. "Contra o Mundo Moderno: O Tradicionalismo e a história intelectual secreta do século XX." Tradução Diogo Rosas G. Editora Âyiné (2020): 56. p.7-13
  2. MEVORACH, Ian. In search of a Christian-Muslim common path from desacralization to resacralization of nature: Sallie McFague and Seyyed Hossein Nasr on the ecological crisis. 2015. Tese de Doutorado. Boston University.
  3. NASR, Seyyed Hossein; JAHANBEGLOO, Ramin. In search of the sacred: A conversation with Seyyed Hossein Nasr on his life and thought. ABC-CLIO, 2010.
  4. Nasr, Seyyed Hossein, and Ramin Jahanbegloo. In search of the sacred: A conversation with Seyyed Hossein Nasr on his life and thought. ABC-CLIO, 2010.
  5. Antoine Faivre, « L’historien et le pérennialisme », Politica Hermetica, n°10 (L’histoire cachée entre histoire révélée et histoire critique, 1996), 68-72.
  6. Renaud Fabbri argues that Evola should not be considered a member of the Perennialist School. See the section Julius Evola and the Perennialist School in Fabbri's Introduction to the Perennialist School.
  7. ROSE, Matthew. A World After Liberalism: Philosophers of the Radical Right. Yale University Press, 2021. p.50-52.
  8. SPINETO, Natale. Mircea Eliade and traditionalism. Aries, v. 1, n. 1, p. 62-87, 2001.
  9. Thomas D. Carroll, 2002, Eliade, Mircea. The Sacred and the Profane: The Nature of Religion, trans. Willard R. Trask. New York: Harcourt & Brace, 1959.

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search