Fetichismo religioso

Representação de um fetiche na África do Sul, pela Sociedade Missionária de Londres, por volta de 1900.
 Nota: Para outros significados, veja Fetichismo.

Fetichismo designa literalmente a adoração de fetiches. O termo vem etimologicamente de feitiço ("artificial" e "sortilégio", por extensão), nome dado pelos portugueses aos objetos de culto das populações da África durante a colonização de parte do continente, termo ele próprio derivado do latim facticius ("destino").[1] A partir do século XVIII, essa noção é retomada na antropologia e depois na filosofia sobre a questão da crença e do objeto da religião.[1] O termo é empregado pela primeira vez por Charles de Brosses em 1760: "o culto de certos objetos terrestres e materiais denominados fetiches... e que por esta razão chamarei de fetichismo".[2]

Para antropólogos e sociólogos, o fetiche é uma transferência de afetividade para um objeto único ou composto, simbólico, atribuindo-lhe uma eficiência superior à sua própria sobre a realidade.

  1. a b Assoun, Paul-Laurent (2002). Le Fétichisme. Paris: PUF. Coleção "Que sais-je ?". 127 p. (ISBN 2-13-053043-5)
  2. Love, Brenda B. (1992). Encyclopedia of Unusual Sex Practices. Em francês (2014): Dictionnaire des fantasmes et perversions. Paris: La Musardine. 571 p. (ISBN 978-2-84271-865-7), p. 205.

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