Fronteira

 Nota: Para outros significados, veja Fronteira (desambiguação).
Fronteira entre Portugal e Espanha, em Vilar Formoso-Fontes de Onor.

Fronteiras são espaços definidos a partir de características: elas podem ser geográficas, impostas por características físicas, como oceanos, rios, montanhas, entre outros. Também pode ser definida por entidades políticas, como governos, estados soberanos, estados federados e outras entidades subnacionais. As fronteiras políticas podem ser estabelecidas por meio de guerra, colonização ou acordos mútuos entre as entidades políticas que residem nessas áreas;[1] e a criação desses acordos é chamada de delimitação de fronteiras.[2] As fronteiras também podem ser definidas em termos culturais, onde se busca preservar determinadas práticas e modos de vida de determinados grupos[3].

Algumas fronteiras – como as fronteiras administrativas internas da maioria dos estados ou as fronteiras interestaduais dentro do Espaço Schengen – estão abertas e completamente desprotegidas.[4] A maioria das fronteiras políticas externas é parcial ou totalmente controlada e só pode ser atravessada legalmente em postos de controle fronteiriços designados; zonas fronteiriças adjacentes também podem ser controladas.

Atualmente, muitas fronteiras caracterizam-se por um elevado grau de vigilância e pela sua submissão à lógica da segurança. Sobretudo nas últimas décadas, as fronteiras não só proliferaram, como também foram fortificadas numa tentativa de conter o fluxo migratório de pessoas, atividades como contrabando, algo que, enquanto tal, não faz intrinsecamente parte do seu significado primário, que não é outro senão uma simples demarcação territorial, ou seja, uma linha de demarcação entre comunidades políticas. Fronteira e muro não são simplesmente dois termos intercambiáveis. [5]

Fronteira entre Portugal e Espanha, perto de Badajoz.

Uma zona-tampão podem ser configurada na fronteira entre entidades beligerantes para diminuir o risco de conflito, sobretudo bélico.

  1. Slater, Terry (2016). «The Rise and Spread of Capitalism». In: Daniels, Peter; Bradshaw, Michael; Shaw, Denis; Sidaway, James; Hall, Tim. An Introduction To Human Geography 5th ed. [S.l.]: Pearson. p. 47. ISBN 978-1-292-12939-6 
  2. Sidaway, James; Grundy-Warr, Carl (2016). «The Place of the Nation-State». In: Daniels, Peter; Bradshaw, Michael; Shaw, Denis; Sidaway, James; Hall, Tim. An Introduction To Human Geography 5th ed. [S.l.]: Pearson. ISBN 978-1-292-12939-6 
  3. Santos, Jorge Calvario dos (2016). Fronteiras Culturais. Revista da Escola Superior de Guerra, v. 31, n. 62, p. 150-170. Disponível em: https://revista.esg.br/index.php/revistadaesg/article/view/467/427 Consultado em 14 de abril de 2025.
  4. Fehlen, Fernand (2017). «Mental Barriers Replacing Nation-State Borders». In: Andrén, Mats; Lindkvist, Thomas; Söhrman, Ingmar; Vajta, Katharina. Cultural Borders of Europe: Narratives, Concepts and Practices in the Present and the Past. [S.l.]: Berghahn Books. p. 122. ISBN 978-1-78533-591-4 
  5. Velasco, Juan Carlos (16 de novembro de 2020). «Desnaturalizando la noción de frontera en el contexto migratorio». Bajo Palabra (23): 23–47. ISSN 1887-505X. doi:10.15366/bp.2020.23.001. Consultado em 10 de março de 2025 

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