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O Grande Expurgo (português brasileiro) ou Grande Purga (português europeu) ou Grande Terror (em russo: Большой террор, transl. Bolshaya tchistka), também conhecido como ano de '37 (em russo: 37-ой год) e Yezhovschina ('periodo de Yezhov'),[1] foi uma violenta campanha de repressão política na União Soviética na Mongólia e Xinjiang que ocorreu entre os anos de 1936 a 1938[2] feita pelo Secretário Geral do Partido Comunista da União Soviética, Josef Stalin.[3][4][2] Envolveu uma repressão em larga escala de camponeses relativamente ricos (kulaks); limpeza étnica; operações contra minorias étnicas; um expurgo do Partido Comunista, de funcionários do governo e da liderança do Exército Vermelho; vigilância policial generalizada; suspeita de sabotadores; contrarrevolucionários; prisão; e execuções arbitrárias.[5] Os historiadores estimam o número total de mortes devido à repressão stalinista em 1937-1938 entre 680 000 e 1 200 000.[6][7][8]
A "Operação Kulak" e o direcionamento de minorias nacionais foram os principais componentes do Grande Terror. Juntas, essas duas ações foram responsáveis por nove décimos das sentenças de morte e três quartos das sentenças em campos de prisioneiros Gulag.[9]
Na luta pela consolidação do poder, Stalin liquidou cerca de dois terços dos quadros do Partido Comunista da URSS,[4][10] ao menos 5 000 oficiais do Exército acima da patente de major, 13 de 15 generais de cinco estrelas do Exército Vermelho[3] — criado durante a Revolução Russa por Leon Trotsky, seu dissidente mais conhecido — e inúmeros civis, considerando-os todos "inimigos do povo". Dos 139 membros dirigentes do Partido Comunista 98 foram executados.[10]
De acordo com os arquivos soviéticos durante 1937 e 1938, a polícia secreta da NKVD deteve 1 548 366 pessoas, das quais 681 692 foram executadas uma média de 1 000 execuções por dia (em comparação, os czaristas executaram 3 932 pessoas por crimes políticos de 1825 a 1910, uma média de menos de 1 execução por semana). O assassinato de seu rival político, e possível sucessor, Serguei Kirov, em 1 de dezembro de 1934, foi o pretexto usado por Stalin para iniciar os expurgos.[11]
No mundo ocidental, o livro de Robert Conquest, de 1968, The Great Terror (O Grande Terror) popularizou essa frase. O título de Conquest era, por sua vez, uma alusão ao período chamado Reinado do Terror durante a Revolução Francesa (francês: la Terreur e, de junho a julho de 1794, la Grande Terreur, o Grande Terror).[12] Enquanto Norman Naimark considerou a política polonesa de Stalin de 1930 como "genocida", ele não considerou genocida a totalidade do Grande Expurgo, porque também visava oponentes políticos.[13]
The best estimate that can currently be made of the number of repression deaths in 1937–38 is the range 950,000–1.2 million, i.e . about a million. This is the estimate which should be used by historians, teachers and journalists concerned with twentieth century Russian—and world—history
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