Guilherme de Ockham

Guilherme de Ockham
Guilherme de Ockham
Representació de Guillem d'Occam en una vidriera emplomada de l'església de Tots els Sants a Ockham (Surrey).
Nascimento William of Ockham
Desconhecido
Ockham (Reino da Inglaterra)
Morte 9 de abril de 1349
Munique (Ducado da Baviera)
Cidadania Reino da Inglaterra
Alma mater
Ocupação filósofo, teólogo, lógico, físico, escritor
Empregador(a) Universidade de Oxford
Obras destacadas Sum of Logic
Movimento estético nominalismo, Escolástica
Religião Igreja Católica

Guilherme de Ockham, em inglês William of Ockham (existem várias grafias para o nome deste franciscano: Ockham, Occam, Auquam, Hotham e Olram;[1] Ockham, 1285Munique, 9 de abril de 1347), foi um frade franciscano, filósofo, lógico e teólogo escolástico inglês, considerado como o representante mais eminente da escola nominalista, principal corrente oriunda do pensamento de Roscelino de Compiègne (1050-1120). Guilherme de Ockham, também conhecido como o "doutor invencível" (Doctor Invincibilis) e o "iniciador venerável" (Venerabilis Inceptor), nasceu na vila de Ockham, nos arredores de Londres, na Inglaterra, em 1285, e dedicou seus últimos anos ao estudo e à meditação num convento de Munique, onde morreu em 9 de abril de 1347, possivelmente vítima da peste negra.

Ockham é reconhecido como um importante contribuinte para o desenvolvimento de ideias constitucionais ocidentais, especialmente para a ideia de governo com responsabilidade limitada.[2] Ele foi um dos primeiros autores medievais a defender uma forma de separação igreja/Estado, foi importante para o desenvolvimento precoce da noção de direitos de propriedade. Suas ideias políticas são consideradas "naturais" ou "seculares", defendendo um absolutismo secular. As opiniões sobre a responsabilização monárquica defendida em seu Diálogo (escrito entre 1332 e 1347) influenciaram muito o movimento Conciliar e ajudaram no surgimento de ideologias democráticas liberais.[2][3] Para ele, os papas e os líderes religiosos não têm nenhum direito ou motivos para tratar um governo secular como sua propriedade. Isto faz parte de um governo unicamente terreno, que também pode acusar o Papa de crimes, se necessário.[4]

Na lógica, Ockham escreveu em palavras as fórmulas que mais tarde seriam chamadas de Leis de De Morgan,[5] além de escrever sobre a lógica ternária, ou seja, sobre um sistema lógico com três valores da verdade. Este conceito que seria retomado na lógica matemática dos séculos XIX e XX. Suas contribuições para a semântica, especialmente para a teoria do amadurecimento da suposição, ainda são estudadas por lógicos.[6][7] William de Ockham foi provavelmente o primeiro lógico a tratar efetivamente de termos vazios no silogismo aristotélico.[8]

  1. MERINO, José A. "História de la Filosofia Medieval", p. 288
  2. a b William of Ockham (Stanford Encyclopedia of Philosophy): Stanford.edu
  3. «British Academy – William of Ockham: Dialogus». www.britac.ac.uk 
  4. Virpi Mäkinen, Keskiajan aatehistoria, Atena Kustannus Oy, Jyväskylä, 2003, ISBN 9517963106, ISBN 9789517963107. Pages 160, 167–168, 202, 204, 207–209.
  5. In his Summa Logicae, part II, sections 32 and 33.Translated on page 80 of Philosophical Writings, tr. P. Boehner, rev. S. Brown, (Indianapolis, IN, 1990)
  6. Priest, Graham; Read, S. (1977). «The Formalization of Ockham's Theory of Supposition» (PDF). Mind. LXXXVI (341): 109–113. doi:10.1093/mind/LXXXVI.341.109 
  7. Corcoran, John; Swiniarski, John (1978). «Logical Structures of Ockham's Theory of Supposition». Franciscan Studies. 38: 161–83. JSTOR 41975391. doi:10.1353/frc.1978.0010 
  8. John Corcoran (1981). "Ockham's Syllogistic Semantics", Journal of Symbolic Logic, 46: 197–198.

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