Holocausto nuclear

Nuvem de cogumelo da explosão do Castle Romeo em 1954.

Holocausto nuclear, também chamado de apocalipse nuclear ou holocausto atômico, é um cenário teórico onde a detonação em massa de armas nucleares causa destruição globalmente generalizada e precipitação radioativa. Tal cenário prevê que grandes partes da Terra se tornem inabitáveis devido aos efeitos da guerra nuclear, potencialmente causando o colapso da civilização e, na pior das hipóteses, a extinção da humanidade e/ou o término da vida na Terra.

Além da destruição imediata de cidades por explosões nucleares, as possíveis consequências de uma guerra nuclear podem envolver tempestades de fogo, um inverno nuclear, doenças de radiação generalizadas e/ou a perda temporária (se não permanente) de muita tecnologia moderna devido a pulsos eletromagnéticos. Alguns cientistas, como Alan Robock, especularam que uma guerra termonuclear poderia resultar no fim da civilização moderna na Terra, em parte devido a um inverno nuclear de longa duração. Em um modelo, a temperatura média da Terra após uma guerra termonuclear completa cai por vários anos em 7 – 8 °C em média.[1]

Os primeiros estudos do período da Guerra Fria sugeriram que bilhões de humanos sobreviveriam aos efeitos imediatos das explosões nucleares e da radiação após uma guerra termonuclear global.[2][3][4][5] No entanto, os Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear acreditam que a guerra nuclear poderia contribuir indiretamente para a extinção humana por meio de seus efeitos secundários, como consequências ambientais, sociais e econômicas. Estima-se que uma troca de ataques nucleares de escala relativamente pequena entre a Índia e o Paquistão envolvendo 100 armas da potência da usada em Hiroshima (15 quilotons), poderia causar um inverno nuclear e matar mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo.[6]

A ameaça de um holocausto nuclear desempenha um papel importante na percepção popular das armas nucleares, o que inclui o conceito de destruição mutuamente assegurada e é um cenário comum no sobrevivencialismo. O holocausto nuclear é uma característica comum na literatura e no cinema, especialmente em gêneros especulativos como ficção científica, distópica e pós-apocalíptica.[7]

  1. Robock, Alan; Toon, Owen B (2012). «Self-assured destruction: The climate impacts of nuclear war». Bulletin of the Atomic Scientists. 68 (5): 66–74. Bibcode:2012BuAtS..68e..66R. doi:10.1177/0096340212459127. Consultado em 13 de fevereiro de 2016 
  2. Martin, Brian (1982). «Critique of Nuclear Extinction». Journal of Peace Research. 19 (4): 287–300. doi:10.1177/002234338201900401 
  3. The Effects of a Global Thermonuclear War. Johnstonsarchive.net. Retrieved on 2013-07-21.
  4. Martin, Brian (Dezembro de 1982). «The global health effects of nuclear war». Current Affairs Bulletin. 59 (7): 14–26 
  5. Detonations, National Research Council (16 de novembro de 1975). Long-term worldwide effects of multiple nuclear-weapons detonations. [S.l.]: Washington : National Academy of Sciences. ISBN 9780309024181. Consultado em 16 de novembro de 2018 – via Trove 
  6. Helfand, Ira. «Nuclear Famine: Two Billion People at Risk?» (PDF). International Physicians for the Prevention of Nuclear War. Consultado em 13 de fevereiro de 2016 
  7. «Nuclear Holocausts: Atomic War in Fiction | Common Errors in English Usage and More | Washington State University» 

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