Homo

Homo
Ocorrência: 2,0–0 Ma

Pleistoceno–presente

Características cranianas de algumas espécies de Homo (esquerda para direita: Homo habilis, Homo erectus, Homo floresiensis, Homo naledi).
Características cranianas de algumas espécies de Homo (esquerda para direita: Homo habilis, Homo erectus, Homo floresiensis, Homo naledi).
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Parvordem: Catarrhini
Superfamília: Hominoidea
Família: Hominidae
Subfamília: Hominini
Género: Homo
Espécies

O gênero Homo foi primeiramente cunhado por Lineu como parte do sistema binomial que ele criou, sendo este o grupo que engloba a espécie Homo sapiens, isto é, os humanos.[1] Há evidências bem fundamentadas do gênero há ~1.5 milhões de anos, datação do esqueleto fóssil do garoto de Turkana,[2][3] Este esqueleto faz parte da espécie H. erectus, cujas características se diferenciam significativamente das de seus ancestrais, os Australopithecus.[4] As características deste importante fóssil de H. erectus, por sua vez, aproximam-se muito das nossas no que diz respeito a proporção de seu corpo, tamanho do cérebro relativamente grande e bipedia obrigatória (ou seja, eles não sobem em árvores),[4] como sugere o nome da espécie.

O H. erectus foi o primeiro grupo de homini a sair da África, migrando para a Ásia, há aproximadamente 1.6 Ma. Ele teria sido originado de outro grupo, o Homo habilis.[5] Foi estabelecido na década de 1960 que o H. habilis seria também parte do gênero Homo, apesar dos indivíduos da espécie apresentarem características semelhantes aos Australopithecus. H. habilis é datado como um grupo ainda mais antigo que o H. erectus: estimam que seus restos fósseis (ver Homo habilis) sejam de 2,3 a 2,5 Ma. Mesmo com as controvérsias, muitos cientistas consideram este o primeiro grupo do gênero Homo.[4] Além desses dois grupos, atualmente 8 grupos são considerados parte do gênero Homo (H. sapiens, H. habilis, H. erectus sensu lato, H. heidelbergensis, H. florensiensis, H. rudolfensis e H. neanderthalensis),[4] além do H. naledi.[6] Essas espécies fazem parte dos Homininis ou Hominineos, o grupo que engloba todos os humanos.[7]

Todas as espécies do gênero Homo, exceto o Homo sapiens (os humanos viventes) estão extintas.[7] Os H. neanderthalensis que são considerados muito próximos de nós,[8] tendo também coexistido com as primeiras populações da nossa espécie na Europa por anos[9] extinguiram-se entre 41 - 39 ka.[9] Outro grupo, o H. florensis, tem extinção estimada para 17 - 11/13 ka,[10] ainda mais recente. Os representantes vivos mais próximos de nós são do grupo Homininae, sendo eles gorilas (do gênero Gorilla), chimpanzés e bonobos (do gênero Pan).[11] Os movimentos migratórios começaram com a saída da África, pela região do Levante, e ocupação do Oriente Médio, Ásia, Oceania e Europa.

  1. Linné, Carl von (1758). Caroli Linnaei...Systema naturae per regna tria naturae :secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis. Holmiae :: Impensis Direct. Laurentii Salvii, 
  2. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0047248410001211
  3. E., Walker, Alan, 1938- Leakey, Richard (1993). The Nariokotome Homo erectus skeleton. [S.l.]: Harvard University Press. OCLC 26633945 
  4. a b c d Collard, Mark; Wood, Bernard (2007). «8 Defining the Genus Homo». Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg: 1575–1610. ISBN 978-3-540-32474-4. Consultado em 19 de julho de 2021 
  5. Wood, B. (15 de junho de 2011). «Did early Homo migrate "out of" or "in to" Africa?». Proceedings of the National Academy of Sciences (26): 10375–10376. ISSN 0027-8424. doi:10.1073/pnas.1107724108. Consultado em 19 de julho de 2021 
  6. Berger, Lee R; Hawks, John; de Ruiter, Darryl J; Churchill, Steven E; Schmid, Peter; Delezene, Lucas K; Kivell, Tracy L; Garvin, Heather M; Williams, Scott A (10 de setembro de 2015). «Homo naledi, a new species of the genus Homo from the Dinaledi Chamber, South Africa». eLife (em inglês): e09560. ISSN 2050-084X. PMC 4559886Acessível livremente. PMID 26354291. doi:10.7554/eLife.09560. Consultado em 19 de julho de 2021 
  7. a b News, Opening Hours Temporarily closed Address 1 William StreetSydney NSW 2010 Australia Phone +61 2 9320 6000 www australian museum Copyright © 2021 The Australian Museum ABN 85 407 224 698 View Museum. «Hominid and hominin – what's the difference?». The Australian Museum (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2021 
  8. Callaway, Ewen (agosto de 2014). «Neanderthals: Bone technique redrafts prehistory». Nature (em inglês) (7514): 242–242. ISSN 0028-0836. doi:10.1038/512242a. Consultado em 19 de julho de 2021 
  9. a b Callaway, Ewen (agosto de 2014). «Neanderthals: Bone technique redrafts prehistory». Nature (em inglês) (7514): 242–242. ISSN 0028-0836. doi:10.1038/512242a. Consultado em 19 de julho de 2021 
  10. Morwood, M. J.; Brown, P.; Jatmiko; Sutikna, T.; Wahyu Saptomo, E.; Westaway, K. E.; Awe Due, Rokus; Roberts, R. G.; Maeda, T. (outubro de 2005). «Further evidence for small-bodied hominins from the Late Pleistocene of Flores, Indonesia». Nature (em inglês) (7061): 1012–1017. ISSN 0028-0836. doi:10.1038/nature04022. Consultado em 19 de julho de 2021 
  11. Rocatti, Guido; Perez, S. Ivan (dezembro de 2019). «The Evolutionary Radiation of Hominids: a Phylogenetic Comparative Study». Scientific Reports (em inglês) (1). 15267 páginas. ISSN 2045-2322. PMC 6813319Acessível livremente. PMID 31649259. doi:10.1038/s41598-019-51685-w. Consultado em 19 de julho de 2021 

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