Homofobia no Brasil

Homofobia no Brasil ainda é um problema presente[1] e constante, havendo estatísticas compiladas pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) que sugerem que o Brasil é o país com a maior quantidade de registros de crimes homofóbicos do mundo, seguido pelo México e pelos Estados Unidos.[2]

De acordo com o GGB, um homossexual é morto a cada 28 horas no país por conta da homofobia (assassinatos e suicídios)[3] e cerca de 70% dos casos dos assassinatos de pessoas LGBT ficam impunes.[4] Segundo um estudo feito pela Universidade de São Paulo em 2014, sete em cada dez homossexuais brasileiros já sofreram algum tipo de agressão, seja física ou verbal.[5] O país teve 650 assassinatos homofóbicos ou transfóbicos em 2012 e 2013 e concentra metade do total de homicídios de transexuais do mundo, de acordo com o relatório de diversas agências internacionais como a Transgender Europe e Trans Respect Versus Transphobia Worldwide.[6][7][8]

Segundo o professor Luiz Mott, fundador do GGB e membro do departamento de antropologia da Universidade Federal da Bahia, a homofobia é uma "epidemia nacional". Ele assevera que o Brasil "é o campeão mundial em assassinatos de homossexuais, sendo que a cada três dias um homossexual é barbaramente assassinado, vítima da homofobia."[9] Para a advogada Margarida Pressburger, membro do Subcomitê de Prevenção da Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil ainda é "um país racista e homofóbico."[10] A Anistia Internacional apontou em relatório divulgado em 2015 que a pressão político-religiosa no país tende a bloquear o avanço de leis que poderiam proteger minorias de serem discriminadas, especialmente em relação aos homossexuais.[11] No entanto, apesar do cenário pouco amigável para pessoas LGBT no país, uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center mostrou que 65% da população brasileira considera que a homossexualidade deve ser aceita pela sociedade.[12][13]

  1. «Casal gay vítima de homofobia tem casa sabotada em Curitiba». RIC Mais Paraná. 13 de abril de 2017. Consultado em 14 de abril de 2017. Cópia arquivada em 14 de abril de 2017 
  2. Diário Catarinense. «Homicídio de homossexuais no país sobe 55% em 2008, diz associação». Consultado em 29 de agosto de 2011 
  3. O Estado de S. Paulo, ed. (22 de novembro de 2014). «Pelo direito de ser». Consultado em 23 de novembro de 2014 
  4. Revista Exame, ed. (11 de janeiro de 2013). «Assassinatos de homossexuais triplicaram em 5 anos no Brasil». Consultado em 13 de janeiro de 2013 
  5. SBT, ed. (3 de maio de 2014). «Pesquisa aponta que 70% dos homossexuais já foram agredidos». Consultado em 5 de maio de 2014 
  6. El País, ed. (29 de setembro de 2014). «Ativistas vão à Justiça contra Levy Fidelix por fala homofóbica». Consultado em 29 de setembro de 2014 
  7. Loureiro, Gabriela (23 de novembro de 2016). «Agressões em casa, discriminação e risco de morte: os dramas das 'refugiadas' trans brasileiras». BBC Brasil. Consultado em 11 de abril de 2018 
  8. Gauthier, Jorge (15 de março de 2017). «Transexual é morta com mais de 15 tiros no bairro de Cajazeiras». ibahia. Consultado em 11 de abril de 2018 
  9. Jornal Direitos/Sylvia Romano. «Banco é condenado em mais de R$ 1 milhão por homofobia (1ª Parte)». Consultado em 29 de agosto de 2011 
  10. Luciana Nunes Leal (2 de abril de 2011). «Somos um país racista e homofóbico». Estadão. Consultado em 9 de abril de 2011 
  11. BBC Brasil, ed. (24 de fevereiro de 2015). «Anistia: Pressão político-religiosa sobre gays e aborto no Brasil preocupa» 
  12. Pew Research Center, ed. (2007). «Chapter 3. Views of Religion and Morality». Consultado em 27 de novembro de 2014 
  13. The Economist, ed. (11 de outubro de 2014). «The gay divide» (em inglês). Consultado em 27 de novembro de 2014 [ligação inativa] 

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