Humano

 Nota: "Raça humana" redireciona para este artigo. Para o conceito antropológico, veja Raças humanas. Para significados adicionais, veja Humano (desambiguação).
Humano
Ocorrência: Pleistoceno - Recente 0,195–0 Ma
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Sub-reino: Eumetazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Subclasse: Theria
Infraclasse: Eutheria
Ordem: Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Superfamília: Hominoidea
Família: Hominidae
Subfamília: Homininae
Tribo: Hominini
Subtribo: Hominina
Género: Homo
Espécie: H. sapiens
Distribuição geográfica
Densidade populacional no mundo
Sinónimos
ver notas[nota 1]

Humano (taxonomicamente Homo sapiens,[2][3] termo que deriva do latim "homem sábio",[4] também conhecido como pessoa, gente ou homem) é a única espécie do gênero Homo ainda viva[2][3] e o primata mais abundante e difundido da Terra, caracterizado pelo bipedalismo e por cérebros grandes, o que permitiu o desenvolvimento de ferramentas, culturas e linguagens avançadas. Os humanos tendem a viver em estruturas sociais complexas compostas por muitos grupos cooperantes e concorrentes, desde famílias e redes de parentesco até Estados políticos. As interações sociais entre os humanos estabeleceram uma ampla variedade de valores, normas e rituais, que fortalecem a sociedade humana. A curiosidade e o desejo humano de compreender e influenciar o meio ambiente e de explicar e manipular fenômenos motivaram o desenvolvimento da ciência, filosofia, mitologia, religião e outros campos de estudo da humanidade.

O H. sapiens surgiu há cerca de 300 mil anos na África, quando evoluiu do Homo heidelbergensis e migrou para fora do continente africano, substituindo gradualmente as populações locais de humanos arcaicos. Durante a maior parte da história, todos os humanos foram caçadores-coletores nômades. A Revolução Neolítica, que começou no sudoeste da Ásia há cerca de 13 mil anos, trouxe o surgimento da agricultura e da ocupação humana permanente. À medida que as populações se tornaram maiores e mais densas, formas de governança se desenvolveram dentro e entre as comunidades e várias civilizações surgiram e declinaram. Os humanos continuaram a se expandir, com uma população global de mais de 8 bilhões em novembro de 2022.[5]

Os genes e o ambiente influenciam a variação biológica humana em características visíveis, fisiologia, suscetibilidade a doenças, habilidades mentais, tamanho do corpo e longevidade. Embora variem em muitas características, dois humanos são, em média, mais de 99% semelhantes. Geralmente, os homens têm maior força corporal, enquanto as mulheres apresentam maior percentual de gordura corporal, entram na menopausa e tornam-se inférteis por volta dos 50 anos e, em média, também têm uma expectativa de vida mais longa em quase todas as populações do mundo. A natureza dos papéis de gênero masculino e feminino tem variado historicamente e os desafios às normas de gênero predominantes têm se repetido em muitas sociedades. Os humanos são onívoros, capazes de consumir uma grande variedade de materiais vegetais e animais e usam o fogo e outras formas de calor para preparar e cozinhar alimentos desde a época do H. erectus. Eles podem sobreviver por até oito semanas sem comida e três ou quatro dias sem água. Geralmente são diurnos, dormindo em média sete a nove horas por dia. O parto é perigoso, com alto risco de complicações e morte. Frequentemente, a mãe e o pai cuidam dos filhos, que são indefesos ao nascer.

Os humanos têm um córtex pré-frontal grande e altamente desenvolvido, a região do cérebro associada à cognição superior. Eles são inteligentes, capazes de memória episódica, expressões faciais flexíveis, autoconsciência, mentalização, introspecção, pensamento privado, imaginação, volição e formação de pontos de vista sobre sua própria existência. Isso tem permitido grandes avanços tecnológicos e o desenvolvimento de ferramentas complexas, possíveis por meio da razão e da transmissão de conhecimento às gerações futuras. Linguagem, arte e comércio são características definidoras dos humanos. As rotas comerciais de longa distância podem ter levado a explosões culturais e distribuição de recursos que deram aos humanos uma vantagem sobre outras espécies semelhantes. A África Oriental, nomeadamente o Chifre da África, é considerada pelos antropólogos como o local de nascimento dos humanos de acordo com as evidências arqueológicas e fósseis existentes.[6][7][8][6]

  1. GROVES 2005, pp. 111-184
  2. a b Goodman et al. 1990, pp. 260–266
  3. a b «Hominidae Classification». Animal Diversity Web @ UMich. Consultado em 25 de setembro de 2006. Arquivado do original em 4 de fevereiro de 2004 
  4. hŏmo, săpĭens, săpĭo. Charlton T. Lewis e Charles Short. A Latin Dictionary em Perseus Project.
  5. «World Population». Worldometer (em inglês). Consultado em 17 de novembro de 2022 
  6. a b Cavalazzi et al. 2019, pp. 553–578
  7. Maslin 2017
  8. Sahle et al. 2013, p. e78092


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