Jansenismo

Frontispício do Augustinus, de Cornelius Otto Jansenius; edição de 1640

O jansenismo é uma doutrina religiosa inspirada nas ideias de um bispo de Ypres, Cornelius Otto Jansenius.[1]

Como movimento tem caráter dogmático, moral e disciplinar, que assumiu também contornos políticos, e se desenvolveu principalmente na França e na Bélgica, nos séculos XVII e XVIII, no seio da Igreja Católica e cujas teorias acabaram por ser consideradas controversas por esta, desde 16 de outubro de 1656, através da bula Ad sanctam subscrita pelo papa Alexandre VII.

Defende uma interpretação das teorias de Agostinho de Hipona sobre a predestinação contra as teses tomistas do aristotelismo e do livre-arbítrio.[2]

  1. Cornélio Jansenius (eleito bispo de Ypres em 1635), escreveu uma obra onde criticava veladamente os jesuítas por meio da condenação aos princípios pelagianistas, segundo os quais o homem era totalmente responsável pela sua salvação, minimizando o papel da graça divina. Também expunha conceitos de Santo Agostinho sobre os três estados de natureza: inocente, decaída e reparada. Finalmente, na última parte de sua obra, Jansenius defendia o critério de Baio (século V), expressamente condenado, sobre a graça medicinal do Redentor e a predestinação dos homens e dos anjos. - Cf. Eduardo Brazão. Relações externas de Portugal: Reinado de D. João V., 2º vol. Porto: Livraria Civilização, 1938. p. 52 a 58 - A trajetória do Bispo João de São José Queirós (1711-1763), Intrigas Coloniais, por Blenda Cunha Moura, História do Instituto de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2009, nota pág. 32 Arquivado em 31 de maio de 2014, no Wayback Machine.
  2. «Jansenismo, coordenação por José Adelino Maltez, Centro de Estudos do Pensamento Político». Consultado em 24 de abril de 2019. Arquivado do original em 29 de abril de 2014 

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