John Quincy Adams (11 de julho de 1767 — 23 de fevereiro de 1848) foi um estadista, diplomata, advogado e escritor americano que serviu como o sexto presidente dos Estados Unidos, de 1825 a 1829.[1] Anteriormente ele também serviu como Secretário de Estado de 1817 a 1825. Durante sua longa carreira diplomática e política, Adams ainda serviu como embaixador e membro do Senado e da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos por Massachusetts. Ele era o filho mais velho de John Adams, o segundo presidente do país (de 1797 a 1801), e Abigail Adams. Inicialmente um Federalista como seu pai, ele venceu a presidência pelo Partido Democrata-Republicano e em meados da década de 1830 se afiliou ao Partido Whig.
Nascido em Braintree, Massachusetts[2] (agora parte da cidade de Quincy), Adams passou boa parte da sua infância na Europa, onde seu pai servia como diplomata. Após retornar para os Estados Unidos, Adams se estabeleceu em Boston e se tornou um advogado de sucesso. Em 1794, o presidente George Washington apontou Quincy Adams como embaixador do país para a Holanda e depois Portugal até que foi dispensado, em 1801, quando Thomas Jefferson assumiu como novo presidente. Líderes federalistas em Massachusetts conseguiram eleger Adams para o Senado em 1802, mas ele rompeu com o Partido Federalista sobre política externa e teve sua reeleição negada. Em 1809, Adams foi apontado como embaixador para a Rússia pelo presidente James Madison, um Democrata-Republicano. Quincy Adams reteve vários postos diplomáticos durante a presidência de Madison e serviu como parte da delegação americana que negociou o fim do Guerra de 1812. Já em 1817, o novo presidente James Monroe selecionou Adams para ser seu Secretário de Estado. Nesta função, Adams negociou o tratado de compra da Flórida. Ele ainda ajudou na formulação da Doutrina Monroe, que se tornou um dos principais pilares da política externa americana. Em 1818, Adams foi eleito membro da American Philosophical Society em Filadélfia.[3]
Em 1824, Quincy Adams concorreu na eleição presidencial. O pleito foi contestado, com Adams disputando a presidência com Andrew Jackson, William H. Crawford e Henry Clay, todos Democratas-Republicanos. Como nenhum candidato conseguiu a maioria mínima no colégio eleitoral, a Câmara dos Representantes realizou uma eleição contingente para determinar quem seria o presidente e Adams venceu ao angariar o apoio de Henry Clay. Andrew Jackson e seus apoiadores ficaram enfurecidos, chamando o resultado de "uma barganha corrupta", abrindo caminho para o início de uma grande polarização política nos Estados Unidos. Como presidente, Adams pregou uma agenda ambiciosa que incluía projetos de investimento em infraestrutura interna financiados pelo governo federal, o estabelecimento de uma universidade nacional e uma aproximação diplomática maior com os países da América Latina, mas muitas de suas iniciativas foram barradas no Congresso. Durante a presidência de Quincy Adams, o Partido Democrata-Republicano se dividiu em dois campos: um grupo, conhecidos como Partido Nacional Republicano, apoiava o presidente, enquanto o outro, conhecidos como Democratas, eram controlados por Andrew Jackson. Os democratas provaram ser organizadores políticos mais eficazes do que Adams e seus apoiadores Nacionais Republicanos e Jackson acabou derrotando Adams de forma decisiva na eleição presidencial de 1828, o que fez dele o segundo presidente (junto com seu pai) a não conseguir se reeleger.[4]
Ao invés de se aposentar da política após a derrota, Adams concorreu a um assento na Câmara dos Representantes e venceu, onde ele viria a servir de 1831 até sua morte em 1848. Ele segue como sendo o único ex-presidente a ser eleito para uma Câmara (embora John Tyler tenha sido eleito para o Congresso Confederado, mas morreu antes que pudesse tomar seu assento). Após falhar em se eleger para Governador de Massachusetts e para o Senado Federal, Adams se juntou ao Partido Antimaçônico no começo da década de 1830 antes de se tornar membro do Partido Whig, onde a maioria dos opositores do Presidente Jackson haviam se reunido. Durante seu tempo no Congresso, Adams tornou-se cada vez mais crítico da escravidão e de líderes políticos sulistas que ele afirmava controlar o Partido Democrata. Ele particularmente se opusera a anexação do Texas e a Guerra Mexicano-Americana, que via como uma guerra para estender a escravidão e seu poder no Congresso. Adams também liderou os esforços para revogar a chamada "regra da mordaça", que impedia a Câmara dos Representantes de debater petições para abolir a escravidão. Historiadores geralmente concordam que Quincy Adams foi um dos maiores diplomatas e Secretários de Estado da história americana; contudo, acadêmicos frequentemente avaliam sua presidência como mediana, já que ele tinha uma agenda política ambiciosa, mas não conseguiu aprová-la pelo Congresso.
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