Ku Klux Klan

 Nota: "KKK" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja KKK (desambiguação).
Ku Klux Klan
Ku Klux Klan
Símbolo
Ku Klux Klan
Bandeira
Existência
1º Klan 1865–1872
2º Klan 1915–1944
3º Klan 1946/1950–presente
Membros
1º Klan Desconhecido
2º Klan 3 000 000–6 000 000[1] (pico no período de 1920–1925)
3º Klan 5 000–8 000[2]
Características
Origem Pulaski,Tennessee, Estados Unidos (1º Klan)
Stone Mountain, Geórgia, Estados Unidos (2º e 3º Klans)
Ideologias Depois de 1915: Depois de 1950:
Posição política Extrema-direita

Ku Klux Klan (também conhecida como KKK ou simplesmente "o Klan") é o nome de três movimentos distintos dos Estados Unidos, passados e atuais, que defendem correntes reacionárias e extremistas, tais como a supremacia branca, o nacionalismo branco, a anti-imigração e, especialmente em iterações posteriores, o nordicismo,[17][18] o anticatolicismo[19][20] e o antissemitismo,[20] historicamente expressos através do terrorismo voltado a grupos ou indivíduos aos quais eles se opõem.[21] Todos os três movimentos têm clamado pela "purificação" da sociedade estadunidense e todos são considerados organizações de extrema-direita.[22][23][24][25]

O primeiro Klan surgiu no sul dos Estados Unidos no final dos anos 1860 e deixou de existir no início da década de 1870. Ele tentou derrubar os governos estaduais republicanos no sul durante a Era da Reconstrução, especialmente através do uso da violência contra líderes afro-americanos. Com inúmeros ataques em todo o sul, o grupo foi suprimido por volta de 1871, através da aplicação da lei federal. Seus membros faziam seus próprios trajes, muitas vezes coloridos: roupões, máscaras e chapéus cônicos, projetados para serem aterrorizantes e para esconder suas identidades.[26][27]

O segundo grupo foi fundado em 1915 e começou a atuar em todo o país em meados da década de 1920, especialmente nas áreas urbanas do Centro-Oeste e Oeste. Ele se opunha aos católicos e judeus, especialmente os imigrantes mais recentes, sendo que ressaltava sua profunda oposição à Igreja Católica.[28] Esta segunda organização adotou um traje branco padrão e usava palavras de código semelhantes como as do primeiro Klan, além de ter adicionado os rituais de queima de cruzes e de desfiles em massa.

A terceira e atual manifestação da KKK surgiu depois de 1950, sob a forma de grupos pequenos, locais e desconexos que fazem uso do nome KKK. Eles se concentraram na oposição ao movimento dos direitos civis, muitas vezes usando violência e assassinatos para reprimir ativistas. É classificado como um grupo de ódio pela Liga Antidifamação e pelo Southern Poverty Law Center.[29] Estima-se ter entre 5 000 e 8 000 membros em 2012. A segunda e a terceira encarnações do Ku Klux Klan faziam referências frequentes ao sangue "anglo-saxão" dos Estados Unidos, que remete ao nativismo do século XIX.[30] Embora os membros da KKK jurem defender a moralidade cristã, praticamente todas as denominações cristãs oficialmente denunciaram as práticas e ideologias da KKK.[31]

  1. McVeigh, Rory. "Structural Incentives for Conservative Mobilization: Power Devaluation and the Rise of the Ku Klux Klan, 1915–1925". Social Forces, Vol. 77, No. 4 (junho de 1999), p. 1463.
  2. «Ku Klux Klan». Southern Poverty Law Center. Consultado em 7 de fevereiro de 2013. Cópia arquivada em 23 de julho de 2013 
  3. Blow, Charles M. (7 de janeiro de 2016). "Gun Control and White Terror". The New York Times. Acessado em 3 de março de 2022.
  4. Al-Khattar, Aref M. (2003). Religion and terrorism: an interfaith perspective. Westport, Connecticut: Praeger. pp. 21, 30, 55 
  5. Michael, Robert, and Philip Rosen. Dictionary of antisemitism from the earliest times to the present. Lanham, Maryland: Scarecrow Press, 1997, p. 267.[Falta ISBN]
  6. Barkun, pp. 60–85.
  7. Laats, Adam (2012). «Red Schoolhouse, Burning Cross: The Ku Klux Klan of the 1920s and Educational Reform». History of Education Quarterly. 52 (3): 323–350. ISSN 0018-2680. JSTOR 23251451. doi:10.1111/j.1748-5959.2012.00402.x. Consultado em 25 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 25 de dezembro de 2022 
  8. «Kingdom». Time (em inglês). 17 de janeiro de 1927. ISSN 0040-781X. Consultado em 15 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 25 de dezembro de 2022 
  9. «Ku Klux Klan Ledgers | History Colorado». www.historycolorado.org. Consultado em 25 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 25 de dezembro de 2022 
  10. «Principles and Purposes of the Knights of the Ku Klux Klan» (em inglês). 1920. Consultado em 25 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 27 de novembro de 2022 
  11. Kristin Dimick. «The Ku Klux Klan and the Anti-Catholic School Bills of Washington and Oregon». Cópia arquivada em 14 de maio de 2022 
  12. Philip N. Racine (1973). «The Ku Klux Klan, Anti-Catholicism, and Atlanta's Board of Education, 1916–1927». Georgia Historical Society. The Georgia Historical Quarterly. 57 (1): 63–75. JSTOR 40579872. Cópia arquivada em 28 de julho de 2022 
  13. Christine K. Erickson. The Boys in Butte: The Ku Klux Klan confronts the Catholics, 1923–1929 (MA thesis). University of Montana. Cópia arquivada em 28 de julho de 2022 
  14. «Ku Klux Klan Fliers Promoting Islamophobia Found In Washington State Neighborhood». 2 de março de 2015 
  15. «Alabama KKK actively recruiting to 'fight the spread of Islam'». 10 de dezembro de 2015 
  16. «In the Army and the Klan, he hated Muslims». The Washington Post. Consultado em 5 de junho de 2018. Cópia arquivada em 13 de julho de 2022 
  17. Petersen, William. Against the Stream: Reflections of an Unconventional Demographer. [S.l.]: Transaction Publishers. p. 89. Consultado em 8 de maio de 2016 
  18. Pratt Guterl, Matthew (2009). The Color of Race in America, 1900-1940. [S.l.]: Harvard University Press. p. 42 
  19. Pitsula, James M. (2013). Keeping Canada British: The Ku Klux Klan in 1920s Saskatchewan. [S.l.]: UBC Press 
  20. a b Brooks, Michael E. (2014). The Ku Klux Klan in Wood County, Ohio. [S.l.]: The History Press 
  21. O'Donnell, Patrick (Editor), 2006. Ku Klux Klan America's First Terrorists Exposed, p. 210. ISBN 1-4196-4978-7.
  22. Rory McVeigh, The Rise of the Ku Klux Klan: Right-Wing Movements and National Politics (2009).
  23. Matthew N. Lyons, Right-Wing Populism in America (2000), ch. 3, 5, 13.
  24. Chalmers, David Mark, 2003. Backfire: How the Ku Klux Klan Helped the Civil Rights Movement, p. 163. ISBN 978-0-7425-2311-1.
  25. Charles Quarles, 1999. The Ku Klux Klan and Related American Racialist and Antisemitic Organizations: A History and Analysis, p. 100. McFarland.
  26. Ver, e.g., Klanwatch Project (2011), ilustrações, pg. 9–10.
  27. Elaine Frantz Parsons, "Midnight Rangers: Costume and Performance in the Reconstruction-Era Ku Klux Klan". Journal of American History 92.3 (2005): 811–36.
  28. Wyn Craig Wade, The Fiery Cross: The Ku Klux Klan in America (Oxford University Press, 1998)
  29. Both the Anti-Defamation League and the Southern Poverty Law Center include it in their lists of hate groups. See also Brian Levin, "Cyberhate: A Legal and Historical Analysis of Extremists' Use of Computer Networks in America", in Perry, Barbara (ed.), Hate and Bias Crime: A Reader, Routledge, 2003, p. 112.
  30. Michael Newton, The Invisible Empire: The Ku Klux Klan in Florida.
  31. Perlmutter, Philip (1 de janeiro de 1999). Legacy of Hate: A Short History of Ethnic, Religious, and Racial Prejudice in America. [S.l.]: M.E. Sharpe. p. 170. ISBN 978-0-7656-0406-4. Kenneth T. Jackson, in his The Ku Klux Klan in the City 1915-1930, reminds us that "virtually every" Protestant denomination denounced the KKK, but that most KKK members were not "innately depraved or anxious to subvert American institutions," but rather saw their membership in keeping with "one-hundred percent Americanism" and Christianity morality. 

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