Linear B

A escrita Linear B é um silabário que foi utilizado pelos povos micênicos (Civilização Micênica) entre os séculos XV a.C. e XII a.C. Ela era usada para se escrever em Grego micênico, a forma mais antiga do grego que se conhece, e é derivada provavelmente da escrita denominada Linear A, que ainda não foi decifrada. A Linear B foi encontrada talhada em algumas tabuinhas de argila e vasos nos palácios de Pilos, Micenas, Tirinto e Tebas e em Cnossos e Cidônia.[1][2]

O primeiro objeto contendo tais inscrições foi identificado pelo arqueólogo Sir Arthur Evans em 1886, quando ele ainda morava em Oxford. Tendo sido informado que o objeto era originário da ilha de Creta, Evans visitou a ilha em 1893, 1895 e 1896 em companhia do amigo John Myres. Lá ele descobriu que algumas das pequenas tabuinhas estavam sendo usadas pelas mulheres da ilha como adorno, por acreditarem tratar-se de amuletos, denominados γαλόπετρες (galopetres, "pedras de leite"). Em 1896 Evans iniciou as negociações para comprar o terreno de cujas ruínas supostamente se originavam as tabuinhas. Por causa da conturbada situação política da época, ele só pôde concretizar a compra totalmente em 1899. Evans contratou por telegrama Duncan Mackenzie, um arqueólogo de renome, a quem colocou como diretor do projeto e a 23 de março de 1900 as escavações se iniciaram. A partir de 5 de abril, foi localizada uma grande quantidade destas tabuinhas, feito que se repetiu em escavações posteriores durante a década de 1900. Entretanto, a linguagem que elas continham só foi decifrada na década de 1950 pelos arqueólogos de origem inglesa Michael Ventris e John Chadwick.

Provavelmente Sir Arthur teria sido capaz de decifrar essa escrita, mas ele acreditava ser uma escrita que não possuía nenhuma relação com o grego arcaico, diferentemente de Ventris e Chadwick, que conseguiram decifrar a escrita Linear B correlacionando-a com o grego antigo.

Acredita-se que essa escrita provavelmente era utilizada somente em certos registros como os contábeis, pois nenhum artefato contendo tais inscrições foi encontrado fora das regiões palacianas.

  1. Hogan, C. Michael (2008). «Cydonia». The Modern Antiquarian. Julian Cope. Consultado em 12 de janeiro de 2009 
  2. Wren, Linnea Holmer; David J. Wren; Janine M. Carter (1986). Perspectives on Western Art: Source Documents and Readings from the Ancient Near East Through the Middle Ages. [S.l.]: Westview Press. p. 55. ISBN 0064301540 

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search