Lista de monarcas da Alemanha

Monarcas da Alemanha
Brasão do Primeiro e Segundo Reich


Guilherme II, último monarca da Alemanha
Primeiro monarca: Luís, o Germânico
Último monarca: Guilherme II
Formação: 11 de agosto de 843
Extinção: 28 de novembro de 1918
Pretendente atual: Jorge Frederico da Prússia

A relação entre o título de rei e imperador na área que é hoje chamada de Alemanha é tão complexa quanto a história e a estrutura do próprio Sacro Império Romano-Germânico. O Império Carolíngio começou quando o Carlos Magno foi coroado Imperator Romanorum ("imperador dos romanos") em 800 pelo papa Leão III.[nota 1] Entretanto, com a morte de seu filho Luís, o Piedoso (que reviveu o título romano Augustus) em 840 e a divisão do império, o título de imperador foi passado ao reino franco central que originou-se da divisão: a Lotaríngia. Mas, Oto I, rei da Germânia, ao ser coroado imperador [Augustus] pelo papa João XI em 2 de fevereiro de 962, fez o título imperial passar ao antigo reino franco oriental (conhecido como Germânia desde 919), criando o Sacro Império Romano-Germânico.

O Reino da Germânia começou como a seção oriental do Império Carolíngio, que foi dividido pelo Tratado de Verdun em 843 (enquanto que a seção ocidental formou a França). Os governantes da área oriental passaram a se intitular Rex Francorum ("rei dos francos") e mais tarde simplesmente rex. Uma referência aos germanos, indicando o surgimento de algum tipo de "nação germânica", só apareceu depois do século XI, quando o papa se referiu ao seu inimigo Henrique IV como rex teutonicorum (rei dos Teutões), a fim de o rotular como estrangeiro. Os reis reagiram a isto usando constantemente o título de Rex Romanorum, ("Rei dos Romanos"), para enfatizar seu governo universal mesmo antes de se tornarem imperadores. Este título permaneceu até o fim do império em 1806 (contudo, para que não cause confusão, esses reis são chamados de "reis da Germânia" em assuntos a eles relacionados).

O reino nunca foi completamente hereditário, pelo contrário, ancestralidade era apenas um dos fatores que determinavam a sucessão dos reis. O rei era formalmente eleito pelos líderes da nobreza no reino, continuando com a tradição dos francos. Aos poucos a eleição tornou-se um privilégio de um grupo de príncipes chamados de príncipes-eleitores, e a Bula Dourada de 1356 formalmente definia os procedimentos da eleição. Na Idade Média, o rei (Rex Romanorum) não recebia o título de imperador (Imperator [Augustus] Romanorum) até ser coroado pelo papa. Ele também tinha que ser coroado com a Coroa de Ferro da Lombardia, após o que ele recebia o título de rex Italicum, (rei da Itália). Após isso, ele subiria ao trono e seria coroado "Imperador" pelo papa.

Em 1508, Maximiliano I foi o primeiro rei a anunciar que a partir daquele momento ele usaria o título de "imperador-eleito", depois de ter falhado a sua tentativa de marchar até Roma e ser coroado pelo papa. Seu sucessor, Carlos V, foi o último imperador a ser coroado pelo papa. A partir de Fernando I em diante, todos os imperadores eram simplesmente "imperadores-eleitos", embora normalmente eles fossem chamados de "o Imperador". Ao mesmo tempo, os sucessores escolhidos dos imperadores da Casa de Habsburgo eram chamados de "Rei dos Romanos", caso fossem eleitos enquanto seus pais ainda estavam vivos.

Durante as Guerras Napoleônicas, o Sacro Império foi dissolvido em 1806 e foi criada a Confederação do Reno. Após a derrota de Napoleão Bonaparte em 1815, foi criada a Confederação Germânica, e em 1867, a Confederação da Alemanha do Norte, percussora do Império Alemão, que viria a reunir novamente o estados separados em 1806 (ambas uniões continham os antigos estados do Sacro Império e outros criados com o decorrer do tempo, entretanto, independentes.). Entre 1806 e 1867, após a Guerra Austro-Prussiana, alternavam-se os títulos, variando entre os monarcas do Império Austríaco e do Reino da Prússia. A monarquia foi abolida em 1918, com a Revolução Alemã. [nota 2]

Durante os interregnos, a autoridade imperial foi exercida por dois vigários imperiais - o Eleitor da Saxônia, em seu papel de Conde Palatino da Saxônia, exerceu seu cargo no norte da Alemanha, e o Eleitor do Palatinado, como Conde Palatino do Reno, exerceu-o no sul da Alemanha. A confusão sobre o eleitorado palatino durante e depois da Guerra dos Trinta Anos e levou a alguma confusão sobre quem era o legítimo vigário nos anos finais do Império.
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