Literatura de cordel

Os folhetos à venda, pendurados em cordéis
Detalhe da estátua de Firmino Teixeira do Amaral na Central de Artesanato Mestre Dezinho, em Teresina.

Literatura de cordel também conhecida no Brasil como folheto, literatura popular em verso,[1] ou simplesmente cordel,[2] é um gênero literário popular escrito frequentemente em versos, na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal.[3] No Nordeste do Brasil o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes. Alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, também usadas nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

Para reunir os expoentes deste gênero literário típico do Brasil, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro.[4]

Em 19 de novembro é comemorado o "Dia do Cordelista", em homenagem ao nascimento de Leandro Gomes de Barros, nascido em 19 de novembro de 1865.[5]

Em setembro de 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional reconheceu a literatura de cordel como patrimônio cultural imaterial do Brasil.[6]

  1. M. Luyten, Joseph (1981). «o japonês na literatura de cordel». Revista de Antropologia. 24: 85-95 
  2. «Santana, Doralice Pereira de. Poesia Popular Nordestina: Uma Abordagem para o Tratamento da Relação Fala-Escrita, pag. 5, 2009.» (PDF). Consultado em 27 de agosto de 2018 
  3. Verucci Domingos de Almeida (2012). «Afinal, o que é literatura de cordel? - parte 1». Editora Escala. Conhecimento Prático Literatura (54). ISSN 1984-3674 
  4. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome trovadorescas
  5. Dia do Cordelista
  6. Literatura de cordel é reconhecida como patrimônio cultural brasileiro

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search