Materialismo

A imanência do pensamento no cérebro tem sido um tema recorrente na história do pensamento materialista, estando presente desde sua origem moderna, notoriamente em La Mettrie, como também no materialismo indiano e na filosofia contemporânea.

Materialismo é um termo abrangente e polissêmico na história da filosofia e das ciências, costuma significar uma ênfase na materialidade como base para a explicação do mundo e dos problemas filosóficos relativos ao conhecimento, à ética, à política e demais campos. O materialismo é considerado uma tradição marginal, esporádica e frequentemente vinculada a ideias heréticas na história.[1][2] Parte da falta de definição do termo é decorrente de sua origem polemista, usado como acusação e forma de descredito de ideias alheias.[3] Não obstante, passa a ganhar um sentido mais positivo ao longo de século XVIII, notadamente pelo filósofo iluminista radical La Mettrie, que primeiro se descreveu como materialista.[4] Retrospectivamente, correntes da filosofia antiga são identificados como materialistas, especialmente o Atomismo.

No contexto do século XIX, o materialismo se torna um termo cada vez mais vinculada ao desenvolvimento das ciências naturais e sociais, manifestando-se especialmente nas tendências darwinistas, positivistas e socialistas. Torna-se também negativamente associado ao reducionismo, significando uma doutrina que minimiza a autonomia do humano e da política em favor determinismos derivados das ciências físicas e biológicas.[5]

Na filosofia contemporânea, existe uma convergência de interesses denominada de 'novos materialismos', que promove novos engajamentos com a tradição de pensamento materialista, como também articulações originais entre áreas da ciência e tendências intelectuais recentes que elaboram outras concepções de matéria, consideradas críticas dos paradigmas anteriores de materialismo e do domínio teórico do construtivismo e da filosofia analítica.[6][7]

  1. Wolfe 2016, pp. 1.
  2. Org. Bennett 2018, pp. 1.
  3. Bloch 1990, pp. 18.
  4. Wolfe 2016, pp. 2.
  5. Wolfe 2016, pp. 4.
  6. Org. Bennett 2010, pp. 4.
  7. Van Der Tuin 2019, pp. 2.

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