Mercado Comum do Sul

Mercado Comum do Sul
(MERCOSUL)
Mercado Comum do Sul
Bandeiras em espanhol e português

Em verde: Países membros
Em vermelho: País suspenso do bloco, Venezuela.
Lema "Nosso Norte é o Sul"
Tipo bloco regional,[1] organização intergovernamental
Fundação Assunção, Paraguai, 26 de março de 1991 (33 anos) (Tratado de Assunção)
Sede Montevidéu, Uruguai
Membros  Argentina
 Bolívia
 Brasil
 Paraguai
Uruguai
 Venezuela (suspensa desde 2016)
Línguas oficiais português, espanhol e guarani
Presidente Uruguai Luis Lacalle Pou
Presidente do Parlamento Uruguai Mario Colman
Fundadores  Argentina
 Brasil
 Paraguai
Uruguai
Sítio oficial https://www.mercosur.int/

Mercado Comum do Sul (Mercosul; em castelhano: Mercado Común del Sur, Mercosur; em guarani: Ñemby Ñemuha) é uma organização intergovernamental regional sul-americana fundada a partir do Tratado de Assunção em 26 de março de 1991 e com sede em Montevidéu.[2] Trata-se de um dos maiores blocos econômicos em produto interno bruto (PIB) e o maior produtor de alimentos do mundo.[3] Seus membros plenos são Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, porém esta última está suspensa desde 1 de dezembro de 2016. Já Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname são países associados.[4] Conta com três órgãos permanentes decisórios (um superior, outro executivo e um terceiro para assuntos comerciais), alguns órgãos permanentes com sede (dois institutos, um tribunal, uma secretaria e um parlamento) e uma série de outros órgãos consultivos e técnicos.[5]

Está estabelecida uma integração regional entre seus membros na forma de uma união aduaneira e com origens ligadas às discussões diplomáticas para a constituição de um mercado econômico regional para a América Latina iniciadas com a Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) em 1960, sucedida pela Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) em 1980. Nesse marco, Argentina e Brasil avançaram no assunto, assinando a Declaração do Iguaçu (1985), o que se seguiu com o Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento em 1988 entre ambos e posterior adesão de Paraguai e Uruguai ao processo até então bilateral. Além disso, os antecedentes se enquadravam na onda do regionalismo autonômico (ou fechado), até que a Ata de Buenos Aires de 1990 marcou o giro ao regionalismo aberto e novo regionalismo econômico, consolidado no ano seguinte no tratado constitutivo até hoje em vigor.[6]

Uma vez fundado, a primeira década de funcionamento foi caracterizada pela construção do mercado comum, funcionamento da tarifa externa comum (TEC), crescimento do comércio intrazona e interrupção pela crise do Mercosul (o que incluiu o Efeito samba e crise argentina). A segunda década foi marcada pela ascensão da agenda político-social às prioridades, crescimento institucional, tratamento de assimetrias e direito ao desenvolvimento, sem alterar o processo decisório. A terceira trouxe uma série de impasses com mudanças profundas de governo, suspensão do Paraguai e incorporação e suspensão da Venezuela por descumprimentos do Protocolo de Ushuaia, relações bilaterais e regionais mais complexas.[7]

Para além da integração econômica, são elementos centrais na constituição do Mercosul: a proximidade entre Argentina e Brasil para dinamização do processo; a promoção da ordem democrática, dos direitos humanos e da paz na região com superação das ditaduras militares e das desconfianças geopolíticas e nucleares; a configuração de forças entre coalizões propositivas e bloqueadoras formadas por atores não governamentais; a influência das agendas sociais na população; o efeito desagregador exercido por outras regiões ou potências extrarregionais; a conformação de espaços privilegiados de negociação e diálogo; e o compromisso de negociações externas comerciais conjuntas.[7]

  1. «Macri afirma que Mercosul pretende assinar acordo com UE em 2017». Agence France-Presse + G1 Economia. 15 de abril de 2017. Consultado em 16 de abril de 2017. Cópia arquivada em 16 de abril de 2017 
  2. UNU-CRIS (2019). «MERCOSUR - Common Market of the South». Regional Integration Knowledge System. Consultado em 25 de agosto de 2024 
  3. JARAMILLO, Ana, ed. (2016). Atlas histórico de América Latina y el Caribe (PDF). aportes para la descolonización pedagógica y cultural. tomo 2. Remedios de Escalada: Universidad Nacional de Lanús 
  4. «De West – Suriname en Guyana officieel Geassocieerd Lid Mercosur -». 20 de julho de 2015. Consultado em 2 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 29 de agosto de 2016 
  5. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :2
  6. «Mercosul — Enciclopédia Latinoamericana». latinoamericana.wiki.br. Consultado em 25 de agosto de 2024 
  7. a b Gonzalez, Leticia; Lagar, Florencia Julieta; Perrotta, Daniela Vanesa; Porcelli, Emanuel (maio de 2022). «¿Hacia dónde va la integración sudamericana? Claves para pensar el futuro del MERCOSUR a la luz de su 30 aniversario». Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento, Universidad Federal do Rio de Janeiro. Desenvolvimento em Debate. 10 (2): 11-27. ISSN 2176-9257. doi:10.51861/ded.dmvdo.2.m.011. Consultado em 25 de agosto de 2024 

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