Metalismo

Metalismo é o princípio econômico de que o valor do dinheiro deriva do poder de compra da mercadoria sobre a qual está baseada. A moeda em um sistema monetário baseado em metais, pode ser feita a partir da própria commodity (mercadoria-dinheiro) ou usar representações como as notas resgatáveis em lugar da mercadoria. O termo foi cunhado por Georg Friedrich Knapp para descrever sistemas monetários utilizando a moeda cunhada em prata, ouro ou outros metais.[1]

Na teoria econômica metalista, o valor da moeda deriva do valor de mercado da mercadoria em que é baseado independente de seu papel monetário. O dinheiro teorizado por Carl Menger surgiu quando os compradores e vendedores de um mercado concordaram com uma commodity comum como meio de troca, a fim de reduzir os custos do escambo. O valor intrínseco dessa mercadoria deve ser suficiente para torná-la altamente “vendável” ou prontamente aceita como pagamento. Nesse sistema, compradores e vendedores de bens e serviços reais estabelecem o meio de troca, não um estado soberano. Os metalistas vêem o papel do estado na cunhagem ou na estampagem oficial das moedas como uma forma de autenticar a qualidade e quantidade do metal usado na fabricação da moeda. O metalismo difere do chartalismo (ou antimetallismo), um sistema monetário em que o estado tem o poder de monopólio sobre sua própria moeda e cria um mercado e uma demanda originais para essa moeda impondo impostos ou outras tais dívidas legalmente executáveis ​​em seus povos que podem somente ser pago nessa moeda.

Joseph Schumpeter distinguiu entre metalismo "teórico" e "prático". Schumpeter categorizou a posição de Menger de que um elo de mercadoria é essencial para entender as origens e a natureza do dinheiro, como "metalismo teórico". Ele definiu "metalismo prático" como a teoria de que, embora um Estado soberano tenha poder irrestrito para criar moedas sem respaldo, dinheiro sem valor intrínseco ou resgatável, é mais prudente adotar um sistema monetário respaldado.[2]

  1. Ludwig von Mises. The Theory of Money and Credit. [S.l.: s.n.] , p. 473
  2. Ramón Tortajada. The Economics of James Steuart. [S.l.: s.n.] , p. 187

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search