Metformina

Metformina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC N,N-dimetilbiguanida
Outros nomes 1,1-dimetilbiguanida
Identificadores
Número CAS 657-24-9
PubChem 4091
DrugBank APRD01099
ChemSpider 3949
Código ATC A10BA02
SMILES
InChI
1/C4H11N5/c1-9(2)4(7)8-3(5)6/h1-2H3,(H5,5,6,7,8)
Propriedades
Fórmula química C4H11N5
Massa molar 129.16 g mol-1
Farmacologia
Biodisponibilidade 50 a 60% (em jejum)
Via(s) de administração Oral
Metabolismo Não é metabolizada
Meia-vida biológica 3 a 6 horas
Excreção Renal (secreção tubular ativa, 90% da dose eliminada em 12 horas)
Classificação legal


POM (UK) -only (US)

Riscos na gravidez
e lactação
C(AU) B (EUA)
Compostos relacionados
Biguanidas relacionados Biguanida
Buformina (N-butilbiguanida)
Moroxidina (heterocíclica)
Fenformina (fenetilbiguanida)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

A metformina (DCI; comercializada como Glifage, Dimefor, Glucoformin, Glucophage, entre outras marcas, e como medicamento genérico) é um antidiabético oral da classe das biguanidas.[1] É um dos medicamentos de escolha no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 especialmente em pessoas obesas ou com sobrepeso.[2][3][4][5] É o antidiabético mais usado no Brasil e nos Estados Unidos (onde foi prescrita quase 35 milhões de vezes em 2006 como genérico).[6] A metformina e a glibenclamida (uma sulfonilureia) são os únicos antidiabéticos orais constantes da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde.[7] No Brasil, faz parte do programa Farmácia Popular do Ministério da Saúde.[8]

Os efeitos colaterais comuns da metformina são poucos e de gravidade quase zero, pode surgir no inicio do tratamento : cólicas, diarreia, às vezes enjoo e vômitos, e geralmente restringem-se ao início do tratamento. A metformina é um dos poucos antidiabéticos que não provocam hipoglicemia (motivo pelo qual é às vezes classificada como normoglicemiante e não hipoglicemiante) e não provoca aumento de peso. O cloridrato de Metformina pode também ser usado em casos de gordura no figado (esteatose hepática) mas os estudos científicos ainda não mostraram benefício definitivo nesta condição. Muito se fala sobre um possível efeito redutor de peso da metformina mas isso não corresponde a realidade sendo considerada uma droga de efeito neutro no peso corporal. Também não é verdade que a metformina promoveria uma perda de gordura corporal.

A metformina parece agir de três maneiras distintas:

Ela diminuiria a absorção dos carboidratos a nível intestinal. Reduz a produção de glicose pelo fígado. O fígado utiliza parte da sua alimentação para fazer uma reserva de glicose. Assim, quando seu organismo passar por uma situação de estresse, o fígado vai liberar esta reserva de glicose, como uma fonte extra de energia, para o cérebro e os músculos trazendo a queima acelerada da gordura abdominal.

Aumenta a captação da glicose periférica, melhorando a ligação da insulina aos seus receptores. Aumentaria a sensibilidade das células à insulina. A insulina é o hormônio responsável pela colocação da glicose do sangue dentro das células do organismo para que seja gasta como combustível ou estocada. Resistência à insulina é uma disfunção onde quantidades excessivas de insulina são necessárias para colocar a glicose dentro das células.

A circulação de grandes quantidades de insulina no organismo pode levar à obesidade, a certos tipos de câncer e problemas cardiovasculares. Além disto, a situação sobrecarrega o pâncreas que pode, assim, envelhecer mais cedo e cessar a produção de insulina, tornando o indivíduo diabético.

  1. Carvalho, Laura M. L.; Ferreira, Cláudia N.; Candido, Ana L.; Reis, Fernando M.; Sóter, Mirelle O.; Sales, Mariana F.; Silva, Ieda F. O.; Nunes, Fernanda F. C.; Gomes, Karina Braga (outubro de 2017). «Metformin reduces total microparticles and microparticles-expressing tissue factor in women with polycystic ovary syndrome». Archives of Gynecology and Obstetrics (em inglês) (4): 617–621. ISSN 0932-0067. doi:10.1007/s00404-017-4471-0. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  2. Clinical Guidelines Task Force, International Diabetes Federation (2005). "Glucose control: oral therapy" PDF (100 KiB). In: Global Guideline for Type 2 Diabetes. Bruxelas: International Diabetes Federation, 35–8. Acesso em 6 de novembro de 2007.
  3. McIntosh A, Hutchinson A, Home PD, et al. (2001). Clinical guidelines and evidence review for Type 2 diabetes: management of blood glucose. PDF (894 KiB) Sheffield: Universidade de Sheffield, 62–5. Acesso em 6 de novembro de 2007.
  4. American Diabetes Association (2007). «Standards of medical care in diabetes—2007». Diabetes Care. 30 Suppl 1: S4–S41. doi:10.2337/dc07-S004. PMID 17192377  Texto disponível na íntegra gratuitamente (em inglês).
  5. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Gallego
  6. Top 200 Generic Drugs by Units in 2006 PDF (19.4 KiB) Drug Topics (March 5, 2007). Acesso em 8 de Abril 2007.
  7. (Março 2007) WHO Model List of Essential Medicines PDF (612.3 KiB), 15ª edição, Organização Mundial de Saúde, p. 21. Acesso em 19 de Novembro 2007.
  8. «Farmácia Popular já disponibilizou mais de sete milhões de medicamentos para seus usuários gratuitamente cada receita vale por 04 meses de tratamento». Ministério da Saúde. 14 de novembro de 2007. Consultado em 20 de novembro de 2007 

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