Objetivismo (Ayn Rand)

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Objetivismo (AO 1945: Objectivismo) é a filosofia identificada pela autora e filósofa russa-americana Ayn Rand. Rand originalmente expressou suas ideias filosóficas em romances Quem é John Galt? (conhecido também por "A Revolta de Atlas"), A Nascente e livros de não-ficção como Capitalismo: O Ideal Desconhecido, A Virtude do Egoísmo, entre outros.[1] Leonard Peikoff, um filósofo profissional e herdeiro intelectual designado da Rand,[2][3] mais tarde, deu-lhe uma estrutura mais formal. Rand descreveu o objetivismo como "o conceito do homem como um ser heroico, com sua própria felicidade como o propósito moral de sua vida, com a realização produtiva como sua atividade mais nobre e a razão como seu único absoluto".[4] Peikoff caracteriza o objetivismo como um "sistema fechado" que não está sujeito a mudanças.[5]

O Objetivismo afirma que a realidade existe independentemente da consciência, que o ser humano tem contato direto com a realidade através dos sentidos, que pode ter conhecimento objetivo pelo processo de formação de conceitos, da lógica dedutiva e indutiva, que o objetivo moral da vida humana é atingir a própria felicidade ou interesse racional, que o único sistema social consistente com esta moralidade é um que respeite os direitos do seres humanos à vida, liberdade, propriedade e busca à felicidade, ou seja, capitalismo laissez-faire, e que a função da arte é transformar as ideias metafísicas mais abstratas, reproduzindo seletivamente a realidade, em forma física.

Os filósofos acadêmicos ignoraram ou rejeitaram a filosofia de Rand.[6] Não obstante, o objetivismo tem sido uma influência significativa entre libertários e conservadores americanos,[7] no Brasil há também uma grande influência no libertarianismo e liberais clássicos. O movimento Objetivista (Objectivist movement), fundado por Rand, tenta difundir suas ideias para o público e em ambientes acadêmicos.[8]

  1. Badhwar & Long 2012
  2. Contemporary Authors Online, s.v. "Leonard Peikoff".
  3. McLemee, Scott (Setembro de 1999). «The Heirs Of Ayn Rand: Has Objectivism Gone Subjective?». Lingua Franca. 9 (6). pp. 45–55 
  4. "About the Author" in Rand 1992, pp. 1170–71
  5. Peikoff, Leonard (18 de maio de 1989). «Fact and Value». The Intellectual Activist. 5 (1) 
  6. Sciabarra 2013, p. 1; Badhwar & Long 2012; Gotthelf 2000, p. 1; Machan 2000, p. 9; Gladstein 1999, p. 2; Heyl 1995, p. 223; Den Uyl & Rasmussen 1984, p. 36
  7. Burns 2009, p. 4; Gladstein 2009, pp. 107–08, 124
  8. Sciabarra 1995, pp. 1–2

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