Pacto Molotov-Ribbentrop

Pacto Molotov-Ribbentrop
Pacto Molotov-Ribbentrop
Tratado de não agressão Germano-Soviético
Local de assinatura Moscou, RSFS da Rússia, União Soviética
Signatário(a)(s) União Soviética e Alemanha Nazista
Assinado 23 de agosto de 1939
Publicação
Língua(s) alemão e russo

O Pacto Molotov–Ribbentrop, também conhecido como Pacto Nazi–Soviético,[1] Pacto de Não Agressão Germano–Soviético[2][3], Pacto de Não Agressão Germano Nazi-Soviético[4][5][6] e ainda como Pacto Comunazi[7][8] (oficialmente: Tratado de Não Agressão entre a Alemanha e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas),[nota 1] foi um pacto de neutralidade entre a Alemanha Nazista e a União Soviética assinado em Moscou, em 23 de agosto de 1939, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros Joachim von Ribbentrop e Viatcheslav Molotov, respectivamente.[10] A este pacto seguiu-se o Acordo Comercial Germano-Soviético em fevereiro de 1940.

O pacto estabelecia esferas de influência entre as duas potências, confirmadas pelo protocolo suplementar do Tratado da Fronteira Germano–Soviético alterado depois da invasão conjunta da Polônia. O pacto manteve-se em vigor durante dois anos, até o dia do ataque da Alemanha às posições soviéticas na Polónia Oriental durante a Operação Barbarossa, em 22 de junho de 1941.[2]

As cláusulas do pacto entre os nazistas e os soviéticos incluíam uma garantia escrita de não beligerância de parte a parte, nenhum dos governos se aliaria a, ou ajudaria, um inimigo da outra parte. Para além do estabelecido sobre não agressão, o tratado incluía um protocolo secreto que dividia os territórios da Polônia, Lituânia, Letônia, Estônia, Finlândia e Romênia, em esferas de influência alemãs e soviéticas, antecipando uma "reorganização territorial e política" destes países. Em 1 de Setembro de 1939, ocorreu a Invasão da Polônia. O líder soviético, Josef Stalin, deu ordem para a invasão da Polônia a 17 de Setembro, um dia após o cessar-fogo em Khalkhin Gol.[11] Em novembro, partes das regiões da Carélia e Salla na Finlândia foram anexadas pela União Soviética depois da Guerra de Inverno. Seguidamente, os soviéticos anexaram a Estónia, a Letónia, a Lituânia e partes da Roménia (Bessarábia, o Norte de Bucovina e a região de Herța). A preocupação anunciada sobre os ucranianos étnicos e bielorrussos foi apresentada como justificativa para a invasão soviética da Polónia. A invasão de Bucovina por Stalin em 1940, violou o pacto pois ia além da esfera de influências acordada com o Eixo.[12]

Os territórios polacos anexados pela União Soviética depois da invasão nazi-soviética da Polónia mantiveram-se na URSS no final da Segunda Guerra Mundial. A nova fronteira foi estabelecida ao longo da Linha Curzon. Apenas a região em redor de Białystok e uma pequena parte da Galícia a este do rio San junto a Przemyśl, foram devolvidas ao estado polaco a partir dessa linha. De todos os outros territórios anexados pela URSS em 1939–40, aqueles separados da Finlândia (Carélia, Pechengsky ), Estónia (área de Íngria e condado de Petseri) e Letónia (Abrene) permaneceram na Rússia, o estado sucessor da URSS depois da dissolução da União Soviética em 1991. O Norte de Bucovina, o Sul da Bessarábia e Herta mantiveram-se na Ucrânia.[carece de fontes?]

A existência de um protocolo em segredo foi negada pelo governo soviético até 1989, quando foi finalmente reconhecido e denunciado.[13] Vladimir Putin, embora condene o pacto e o caracterize como "imoral", também defende que o pacto era um mal necessário.[14][15]

  1. Charles Peters (2005), Five Days in Philadelphia: The Amazing "We Want Willkie!" Convention of 1940 and How It Freed FDR to Save the Western World, New York: PublicAffairs, Ch. 12, "The Deal and the Muster", p. 164, ISBN 978-1-58648-112-4.
  2. a b Britannica (2015). «A secret supplementary protocol of September 28, 1939». German-Soviet Nonaggression Pact. Encyclopædia Britannica. Consultado em 14 de Novembro de 2015 
  3. History.com (2016), German-Soviet Pacto de Não-Agressão. World War II series.
  4. Dr. habil.hist. Feldmanis, Inesis. «The Occupation of Latvia: Aspects of History and International Law». Ministry of Foreign Affaris of the Republic of Latvia - The Occupation of Latvia: Aspects of History and International Law. Ministry of Foreign Affaris of the Republic of Latvia. Consultado em 30 de Julho de 2017 
  5. Henderson, Gerard. «War pact between the nazis and Stalin left out of history». War pact between the nazis and Stalin left out of history. The Australian. Consultado em 30 de Julho de 2017 
  6. «The Origins Of World War II, 1929–39». Encyclopædia Britannica. Encyclopædia Britannica. Consultado em 30 de Julho de 2017 
  7. «RUSSIA: Arms & Art». Time (em inglês). 11 de setembro de 1939. ISSN 0040-781X. Consultado em 24 de março de 2024 
  8. Zabecki, David (2014). Germany at War: 400 Years of Military History. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-59884-981-3 
  9. «100(0) Schlüsseldokumente» (facsimile). DE. Consultado em 17 de Setembro de 2009 .
  10. Zabecki, David (2014). Germany at war : 400 years of military history. Santa Barbara, California: ABC-CLIO, LLC. p. 536. ISBN 1-59884-981-6 
  11. Goldman 2012, pp. 163–64.
  12. Brackman, Roman The Secret File of Joseph Stalin: A Hidden Life (2001) p. 341
  13. «Russian historians defend the Molotov-Ribbentrop Pact» 
  14. Parfitt, Tom (6 de Novembro de 2014). «Vladimir Putin says there was nothing wrong with Soviet Union's pact with Adolf Hitler's Nazi Germany». Daily Telegraph. Consultado em 20 de Maio de 2015 
  15. Timothy Snyder, NYreview of books,putin nostalgia hitler stalin


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