Partido Conservador (Reino Unido)

Partido Conservador e Unionista
Conservative and Unionist Party
Líder Rishi Sunak
Presidente Greg Hands
Fundação 1834 (forma original)
1912 (forma atual)
Sede Millbank, Cidade de Westminster, Londres
 Reino Unido
Ideologia
Espectro político Centro-direita à direita
Antecessor Tory
Membros (2022) Aumento 172 437[4]
Afiliação internacional União Internacional da Democracia
Afiliação europeia Partido dos Conservadores e Reformistas Europeus
Câmara dos Comuns
351 / 650
Câmara dos Lordes
267 / 778
Parlamento da Escócia
31 / 129
Parlamento do País de Gales
16 / 60
Assembleia de Londres
9 / 25
Governo local
5 647 / 18 646
Cores      Azul
Página oficial
conservatives.com

O Partido Conservador (em inglês: Conservative Party), oficialmente Partido Conservador e Unionista (em inglês: Conservative and Unionist Party), é um dos dois principais partidos políticos do Reino Unido, juntamente com seu rival, o Partido Trabalhista. No espectro político convencional, está entre a centro-direita[5][6][7] e a direita,[8] englobando várias facções ideológicas, incluindo eurocéticos, thatcheristas, tradicionalistas e, em menor número, conservadores paternalistas. É o atual partido do governo, tendo vencido as eleições gerais de 2019, além de governar o Reino Unido desde 2010.

O Partido Conservador foi originalmente fundado em 1834 pelo Partido Tory (motivo pelo qual seus membros e eleitores são conhecidos como "tories") e foi um dos dois partidos políticos dominantes no século XIX, juntamente com o Partido Liberal. Sob Benjamin Disraeli, desempenhou um papel proeminente na política no auge do Império Britânico. Em 1912, o Partido Liberal Unionista fundiu-se com o Partido Conservador para formar o Partido Conservador e Unionista. Desde a década de 1920, o Partido Trabalhista emergiu como o principal rival dos conservadores e a rivalidade política conservador-trabalhista moldou a política britânica moderna no último século.

Nas eleições gerais de 2010, os conservadores formaram um governo de coalizão com os Liberais Democratas.[9][10] Após as eleições gerais de 2015, os conservadores formaram um governo com uma pequena maioria.[11] Uma eleição geral antecipada em 2017 resultou na perda da maioria por parte conservadores e nos mesmos tendo que governar por meio de um acordo de confiança e fornecimento com o Partido Unionista Democrático.[12] Nas eleições gerais de 2019, os conservadores obtiveram uma maioria de 80 assentos, mas uma série de escândalos levou à moção de censura de Boris Johnson, à crise do governo de julho de 2022 e à renuncia do então primeiro-ministro enquanto ele aguardava uma disputa pela liderança.[13] Johnson foi sucedido por Liz Truss, que anunciou sua própria renúncia menos de dois meses depois, após outra crise governamental.[14] Rishi Sunak foi eleito sem oposição como líder do partido em 24 de outubro de 2022.

O partido geralmente adota políticas economicamente liberais favoráveis ao livre mercado desde a década de 1980, embora historicamente tenha defendido o protecionismo. O partido defende o unionismo britânico, opondo-se a uma Irlanda unida, bem como à independência escocesa e galesa. Historicamente, apoiou a continuação e manutenção do Império Britânico. O partido adotou várias abordagens em relação à União Europeia (UE), tornando-se cada vez mais eurocético, com o slogan "Faça o Brexit" (em inglês: "Get Brexit Done"), após a decisão de deixar a UE em um referendo de 2016 realizado durante o governo de David Cameron. Historicamente, adotou uma abordagem socialmente conservadora,[15][16] mas sua política social tornou-se mais moderada, evidenciada pela legalização da união homoafetiva sob a coalizão conservadora-liberal democrata em 2014,[17] a suspenção da proibição de mulheres em funções de combate nas forças armadas em 2016 sob o governo de Cameron e a legalização da maconha medicinal em 2018 sob o segundo ministério de Theresa May. Na política de defesa, favorece uma forte capacidade militar, incluindo um programa independente de armas nucleares e compromisso com a adesão à OTAN.

A base de votação e apoio financeiro do Partido Conservador historicamente consistiu principalmente em donos de casas, empresários, fazendeiros, incorporadoras imobiliárias e eleitores de classe média, especialmente em áreas rurais e suburbanas da Inglaterra. No entanto, desde o referendo da UE em 2016, os conservadores também visam os eleitores da classe trabalhadora em áreas urbanas de pequeno e médio porte (que tradicionalmente apoiam os trabalhistas), utilizando campanhas políticas direcionadas contra o que eles apontam como danos causados pela liberdade de circulação dos trabalhadores na UE (dentro do Mercado Comum da UE) e a Convenção Europeia de Direitos Humanos.[18][19][20][21]

As filiais do partido em Londres, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte são semi-autônomas. Os conservadores são um dos partidos fundadores da União Internacional da Democracia e foram membros fundadores do Partido dos Conservadores e Reformistas Europeus.

  1. a b c Nordsieck, Wolfram (2019). «United Kingdom» [Reino Unido]. Parties and Elections in Europe (em inglês). Cópia arquivada em 11 de outubro de 2012 
  2. McConnel, James (17 de fevereiro de 2011). «Irish Home Rule: An imagined future» [Home Rule Irlandês: Um futuro imaginado] (em inglês). BBC. Cópia arquivada em 4 de agosto de 2021 
  3. De Miguel, Rafa (8 de julho de 2019). «Jeremy Hunt, el baluarte del conservadurismo tradicional». El País (em espanhol). Consultado em 25 de junho de 2023 
  4. Wheeler, Brian (5 de setembro de 2022). «Tory membership figure revealed». BBC (em inglês). Consultado em 25 de junho de 2023 
  5. «Tories secure centre-right deal». BBC (em inglês). 30 de junho de 1999 
  6. «AV: latest polls suggest Britain will reject alternative voting». The Daily Telegraph (em inglês). 5 de maio de 2011. Consultado em 25 de junho de 2023 
  7. «Election results across Europe». BBC (em inglês). 8 de junho de 2009. Consultado em 25 de junho de 2023 
  8. J.G. (15 de maio de 2011). «Crime has become the Conservatives' biggest vulnerability». The Economist (em inglês). ISSN 0013-0613. Consultado em 25 de junho de 2023. Cópia arquivada em 11 de dezembro de 2018 
  9. «The 2010 Coalition Government at Westminster» (em inglês). Parlamento do Reino Unido. 11 de maio de 2015. Consultado em 24 de junho de 2023 
  10. Wintour, Patrick (12 de maio de 2010). «David Cameron and Nick Clegg lead coalition into power». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 24 de junho de 2023 
  11. «Election 2015». BBC (em inglês). Consultado em 24 de junho de 2023 
  12. Colombeau, Joseph (29 de junho de 2017). «The 2017 General Election – the numbers behind the result – London Datastore». london.gov.uk (em inglês). Consultado em 24 de junho de 2023 
  13. «The U.K. Is Caught in a Leadership Crisis at the Worst Possible Time». Time (em inglês). 13 de julho de 2022. Consultado em 24 de junho de 2023 
  14. Marx, Willem (20 de outubro de 2022). «British Prime Minister Liz Truss resigns after weeks of criticism and turmoil». National Public Radio. Consultado em 14 de junho de 2023 
  15. Hartley-Brewer, Julia; Barkham, Patrick; Taylor, Ros (25 de julho de 2000). «Section 28». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 25 de junho de 2023 
  16. Special, Keep Sunday (12 de junho de 2020). «Keep Sunday Special: Why Sunday trading regulations need to stay». Conservative Home (em inglês). Consultado em 25 de junho de 2023 
  17. Association, Press (29 de março de 2014). «Britain's first same-sex marriages take place as PM speaks of 'powerful message'». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 25 de junho de 2023 
  18. Woodcock, Andrew (17 de dezembro de 2019). «Tories won more working class votes than Labour amid stark generation gap at general election, poll suggests». The Independent (em inglês). Consultado em 25 de junho de 2023 
  19. Mueller, Benjamin (13 de dezembro de 2019). «How Labour's Working-Class Vote Crumbled and Its Nemesis Won the North». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 25 de junho de 2023 
  20. Garcha, Ciara (3 de abril de 2021). «The Conservatives' attack on the ECHR: A Long Time Coming». Cherwell (em inglês). Consultado em 25 de junho de 2023 
  21. Rentoul, John (22 de outubro de 2021). «How the Tories became the party of the working class». The Independent (em inglês). Consultado em 25 de junho de 2023 

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