Pierre-Joseph Proudhon

Pierre-Joseph Proudhon
Pierre-Joseph Proudhon
Nascimento 15 de janeiro de 1809
Besançon, Franche-Comté
 França
Morte 19 de janeiro de 1865 (56 anos)
Passy, Paris
Sepultamento Cemitério do Montparnasse
Cidadania França
Cônjuge Euphrasie Proudhon
Filho(a)(s) Catherine Henneguy
Ocupação sociólogo, filósofo e teórico libertário
Obras destacadas O Que É a Propriedade?, The Confessions of a Revolutionary, Sistema de contradições econômicas, A Ideia Geral de Revolução no Século XIX, social federalism
Escola/tradição Anarquismo, Federalismo, Cooperativismo
Principais interesses propriedade, liberdade, autoridade, justiça social, pobreza, sociedade.
Religião ateísmo
Ideologia política anarquismo
Assinatura

Pierre-Joseph Proudhon (Besançon, 15 de janeiro de 1809Passy, Paris, 19 de janeiro de 1865) foi um filósofo político e econômico francês, foi membro do Parlamento Francês e primeiro grande ideólogo anarquista da história para o anarquismo do Século XIX.[1] É considerado um dos mais influentes teóricos e escritores do anarquismo, sendo também o primeiro a se autoproclamar anarquista, até então um termo considerado pejorativo entre os revolucionários e foi o líder intelectual dos anarquistas norte-americanos naquele século,[2] além de ser o primeiro assumidamente anarquista da história.[3] Foi ainda em vida chamado de socialista utópico por Marx e seus seguidores, rótulo sobre o qual jamais se reconheceu. Após a revolução de 1848 passou a se denominar federalista.[4]

Proudhon foi também tipógrafo aprendendo por conta própria o idioma latino para imprimir melhor livros nesta língua. Sua afirmação mais conhecida Propriedade é roubo!, está presente em seu primeiro e maior trabalho, O que é a Propriedade? Pesquisa sobre o Princípio do Direito e do Governo (Qu'est-ce que la propriété? Recherche sur le principe du droit et du gouvernement), publicado em 1840. A publicação do livro atraiu a atenção das autoridades francesas. Atraiu também o interesse de Karl Marx, que começou a se corresponder com seu autor. Os dois influenciaram-se mutuamente: encontraram-se em Paris por ocasião do exílio de Marx. A amizade de ambos finalmente chegou ao fim quando Marx respondeu ao seu texto (Sistemas de contradições econômicas ou Filosofia da miséria) com outro provocadoramente intitulado Miséria da Filosofia.

A disputa tornou-se uma das origens da divisão entre as alas marxistas e anarquistas nos encontros da Associação Internacional dos Trabalhadores. Alguns, como Edmund Wilson, argumentam que o ataque de Marx a Proudhon tem sua origem na defesa prévia do segundo de Karl Grün, o qual Marx abertamente detestava e que havia sido o autor de traduções do trabalho de Proudhon para diversos idiomas. Favoreceu as associações dos trabalhadores ou cooperativas, bem como o propriedade coletiva dos trabalhadores da cidade e do campo em relação aos meios de produção, em contraposição à nacionalização da terra e dos espaços de trabalho. Ele considerava que a revolução social poderia ser alcançada através de formas pacíficas.

Proudhon também tentaria criar um banco operário, semelhante em alguns aspectos, às atuais cooperativas de crédito que beneficiaria os trabalhadores com empréstimos sem juros. Mal-lograda a tentativa, a ideia seria apropriada por capitalistas e acionistas que incorporariam imposição de juros em seus empréstimos.[5]

  1. Nathan Jun, “Anarchist Philosophy and Working Class Struggle: A Brief History and Commentary,” WorkingUSA: The Journal of Labor and Society (Vol. 12, September 2009), page 505-509
  2. William O. Reichert, “Toward a New Understanding of Anarchism,” The Western Political Quarterly (Vol. 20, No. 4, Dezembro de 1967), pag 858.
  3. Nathan Jun, “Anarchist Philosophy and Working Class Struggle: A Brief History and Commentary,” Working USA: The Journal of Labor and Society (Vol. 12, Setembro de 2009), página 509
  4. Binkley, Robert C. Realism and Nationalism 1852-1871. Read Books. p. 118
  5. Martin, Henri, & Alger, Abby Langdon. A Popular History of France from the First Revolution to the Present Time. D. Estes and C.E. Lauria. p. 189

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