Praia de Omaha

Praia de Omaha
Desembarques da Normandia, Segunda Guerra Mundial

A fotografia Into the Jaws of Death mostra o desembarque de tropas da 1.ª Divisão de Infantaria na Praia de Omaha, na manhã de 6 de junho de 1944
Data 6 de junho de 1944
Local Sainte-Honorine-des-Pertes, Saint-Laurent-sur-Mer, Vierville-sur-Mer, França
Desfecho Vitória Aliada
Beligerantes
 Estados Unidos
 Reino Unido
 Canadá
França Livre
 Alemanha
Comandantes
Omar Bradley
Norman Cota
Clarence R. Huebner
Dietrich Kraiss
Forças
43 250 infantaria
2 encouraçados
3 cruzadores
12 contratorpedeiros
105 outras embarcações
7 800 infantaria
8 bunkers de artilharia
35 casamatas
4 peças de artilharia
6 espaldões de morteiros
18 armas antitanque
45 pontos de lançadores de foguetes
85 pontos de metralhadoras
6 torres de artilharia
Baixas
2 000 – 4 700 1 200

Omaha (em inglês Omaha Beach), chamada comummente de Praia de Omaha, foi o nome de código de um dos cinco setores para a invasão dos Aliados ao território da França ocupada, em 6 de junho de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. "Praia de Omaha" refere-se a uma seção de 8 quilômetros (5 milhas) da costa da Normandia, França, de frente para o Canal da Mancha, indo de Sainte-Honorine-des-Pertes a oeste de Vierville-sur-Mer na porção direita do estuário do Rio Douve. Os desembarques ali eram necessários para unirem as duas frentes ofensivas, ligando o Exército Britânico que havia desembarcado a leste da Praia Gold, com as forças americanas que haviam chegado pelo oeste da Praia de Utah, desta maneira provendo contínua pressão contra a ocupação alemã da costa da Normandia, na Baía do Sena. Tomar a Praia de Omaha seria responsabilidade das tropas do Exército dos Estados Unidos, com transporte marítimo, varredura de minas e uma força de bombardeio naval fornecida predominantemente pela Marinha e Guarda Costeira, com contribuições das marinhas britânicacanadense e francesa livre.

No dia, que ficou conhecido como Dia D, a 29.ª Divisão de Infantaria Americana, que ainda não havia sido posta a teste, uniu-se à nona companhia dos Rangers redirecionada à Pointe du Hoc, onde deveriam empreender ataque à metade ocidental da praia nos setores "Charlie", "Dog Green", "Dog White", "Dog Red" e "Easy Green", abrangendo Vierville-sur-Mer. A veterana 1.ª Divisão de Infantaria Americana foi dada a metade oriental como alvo da investida nos setores "Easy Red", "Fox Green" e finalmente "Fox Red", abrangendo Saint-Laurent-sur-Mer e Sainte-Honorine-des-Pertes. Opondo-se aos desembarques estava a 352ª Divisão de Infantaria alemã. De seus 12.020 homens, 6.800 eram tropas de combate experientes. A estratégia alemã baseava-se na derrota de qualquer ataque marítimo à linha de água, e as defesas eram posicionadas principalmente em pontos fortes ao longo da costa.

As primeiras ondas do ataque, compostas por tanques, infantaria e sapadores, foram cuidadosamente planejadas para reduzirem as defesas costeiras do exército alemão, a fim de permitirem a aproximação de embarcações maiores que seguiriam-se nas ondas subsequentes. O plano aliado previa ondas de ataque iniciais de tanques, infantaria e forças de engenharia de combate para reduzir as defesas costeiras, permitindo que navios maiores pousassem em ondas subsequentes. O principal objetivo em Omaha era o de assegurar a linha da praia entre Port-en-Bessin-Huppain e o rio Vire (totalizando 8 km de extensão), ligando a frente americana aos britânicos que haviam desembarcado na Praia Gold a leste. Desta maneira, os Aliados alcançariam a área de Isigny-sur-Mer a oeste, unindo-se finalmente com a VII Corporação, que havia desembarcado na Praia Utah. À oposição dos desembarques estava a 352ª Divisão de Infantaria Alemã, formada por um grande contingente de adolescentes, mesmo estes sendo suplementados por veteranos que haviam combatido na Frente Oriental. A 352.ª Divisão nunca passou por qualquer treinamento de batalhão ou regimento. Dos 12 020 homens que compunham a divisão destacada para proteger uma frente de 53 km, somente 6 800 possuíam experiência em combate. Os alemães estavam amplamente posicionados em pontos fortalecidos com casamatas e búnquers ao longo da costa - sua estratégia baseava-se em barrar qualquer assalto pelo mar ainda na linha da praia. De todo o modo, segundo os cálculos dos Aliados, as defesas postas em Omaha indicavam serem três vezes mais fortes que as encontradas durante a Batalha de Kwajalein, e o número de inimigos era quatro vezes maior.[1] Mas muito pouco saiu como planejado. Dificuldades na navegação causaram grande parte das embarcações de desembarque a errarem seus alvos ao longo do dia. As defesas foram inesperadamente fortes e causaram pesadas baixas no desembarque das tropas americanas. Sob fogo pesado, os engenheiros lutaram para superar os obstáculos da praia; desembarques posteriores se agruparam em torno dos poucos canais que foram abertos. Enfraquecidos pelas baixas sofridas apenas no desembarque, as tropas de assalto sobreviventes não conseguiram limpar as saídas fortemente defendidas da praia. Isso causou mais problemas e consequentes atrasos para desembarques posteriores. Pequenas penetrações foram eventualmente alcançadas por grupos de sobreviventes fazendo ataques improvisados, escalando os penhascos entre os pontos mais fortemente defendidos.[2] No final do dia, dois pequenos pontos de apoio isolados foram conquistados, que foram posteriormente explorados contra defesas mais fracas mais para o interior, alcançando os objetivos originais do Dia D nos dias seguintes.

  1. Tourtellot, Arthur B. et. al. Life's Picture History of World War II, p. 262. Time Incorporated, New York, 1950.
  2. «Omaha Beachhead». Historical Division, War Department. 20 de setembro de 1945. pp. 48–49. Consultado em 10 de junho de 2007 

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