Programa nuclear iraniano

Programa nuclear iraniano:
* Usinas nucleares
* Reatores de pesquisa
* Outras instalações nucleares
* Minas de urânio

O programa nuclear iraniano foi lançado na década de 1950, com a ajuda dos Estados Unidos, como parte do programa Átomos para a Paz. O Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que proíbe o desenvolvimento dessas armas porém garante o direito de dominar a tecnologia nuclear para fins pacíficos.[1][2]

Até a Revolução Islâmica de 1979, o governo dos Estados Unidos apoiou os planos do Irã de ter acesso à tecnologia nuclear para fins pacíficos. No governo de Gerald Ford, os Estados Unidos apoiaram a intenção do Xá Reza Pahlavi no sentido de iniciar o programa nuclear iraniano, com assistência técnica norte-americana. Na época, o Chefe de Gabinete da Casa Branca era Dick Cheney, e o Secretário da Defesa era Donald Rumsfeld, que também participaram das negociações. Ambos serviram posteriormente ao governo Bush (Cheney como vice-presidente, e Rumsfeld como secretário da Defesa), período em que a controvérsia sobre o programa nuclear iraniano atingiu o seu ponto mais tenso, e o Irã chegou a ser considerado como o próximo alvo, depois da invasão do Iraque.[3]

Após a Revolução, o governo do Irã abandonou temporariamente o programa, mas acabou por voltar a lançá-lo, embora com menor assistência ocidental. O programa actual, administrado pela Organização de Energia Atômica do Irã, inclui diversos centros de pesquisa, uma mina de urânio, um reactor nuclear e instalações de processamento de urânio que incluem uma central de enriquecimento. A primeira usina nuclear, Bushehr I, deveria ter começado a operar em 2009, mas isso não ocorreu.[4] Também não há previsão para completar o reator de Bushehr II, embora seja prevista a construção de 19 usinas nucleares.[5]

Em 14 de julho, o governo iraniano e as nações do P5+1 anunciaram a conclusão das negociações sobre o acordo em relação ao programa nuclear para retirar as sanções econômicas impostas ao país. Em troca, os iranianos aceitaram várias restrições de longo prazo em relação ao programa nuclear e inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica. O governo do Irã afirma que seu programa de pesquisa nuclear tem fins civis e pacíficos.[6]

  1. Qual o problema de um Irã nuclear? . Por Salem Hikmat Nasser. Originalmente publicado em Valor Econômico, 23 de maio de 2006.
  2. Haidar, J.I., 2015."Sanctions and Exports Deflection: Evidence from Iran," Paris School of Economics, University of Paris 1 Pantheon Sorbonne, Mimeo
  3. Scott Ritter on "Target Iran: The Truth About the White House’s Plans for Regime Change". Democracy Now!, 16 de outubro de 2006.
  4. «Iranian specialists ready to launch Bushehr nuclear power plant». ITAR-TASS. 14 de outubro de 2008 
  5. «Iran Plans 19 Nuclear Power Plants». FOX News. 24 de dezembro de 2007 
  6. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Julho

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