Projeto Manhattan

Projeto Manhattan

O primeiro teste nuclear Trinity em 16 de julho de 1945.
País  Estados Unidos
 Reino Unido
 Canadá
Aniversários 13 de agosto de 1942
Extinção 15 de agosto de 1947
História
Guerras/batalhas Invasão Aliada da Itália
Invasão Aliada da França
Invasão Aliada da Alemanha Ocidental
Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki
Ocupação aliada do Japão
Insígnias
Foi adotado em 1945 para o Distrito Manhattan
Emblema do Projeto Manhattan (não oficial)
Comando
Comandante James C. Marshall
Kenneth Nichols
Sede
Guarnição Oak Ridge, Tennessee

Projeto Manhattan foi um programa de pesquisa e desenvolvimento que produziu as primeiras bombas atômicas durante a Segunda Guerra Mundial. Foi liderado pelos Estados Unidos, com o apoio do Reino Unido e Canadá. De 1940 a 1946, o projeto esteve sob a direção do major-general Leslie Groves do Corpo de Engenheiros do Exército. O componente do exército do projeto foi designado como Distrito Manhattan, sendo que posteriormente o termo "Manhattan" gradualmente substituiu o codinome oficial ("Desenvolvimento de materiais substitutos"). Ao longo do caminho, o programa absorveu o seu homólogo britânico, o Tube Alloys. O Projeto Manhattan começou modestamente em 1939, mas cresceu e empregou quase 130 mil pessoas e custou cerca de dois bilhões de dólares (o equivalente a cerca de 26 bilhões de dólares em 2013[1]). Mais de 90% do custo foi para a construção de fábricas e produção de materiais físseis, com menos de 10% para o desenvolvimento e produção das armas. A pesquisa e produção ocorreu em mais de 30 locais nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.

Dois tipos de bomba atômica foram desenvolvidos durante a guerra. Um tipo relativamente simples de arma de fissão, a Little Boy, foi feito utilizando urânio-235, um isótopo que representa apenas 0,7% do urânio natural. Uma vez que é quimicamente idêntico ao isótopo mais comum, o urânio-238, e tem quase a mesma massa, o urânio-235 revelou-se difícil de separar do urânio-238. Três métodos foram utilizados para o enriquecimento do urânio: eletromagnético, gasoso e térmico. A maior parte deste trabalho foi realizado em Oak Ridge, Tennessee.

Em paralelo com o trabalho com urânio, também houve um esforço para produzir plutônio. Reatores foram construídos em Oak Ridge e Hanford, Washington, onde o urânio foi irradiado e transmutado em plutônio, que então foi separado quimicamente do urânio. O projeto, no entanto, se provou impraticável para ser usado com plutônio. A arma do tipo de implosão Fat Man foi desenvolvida em um esforço de construção e pesquisa no Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México.

O programa também estava encarregado de colher informações sobre o projeto de energia nuclear da Alemanha Nazista. Através da Operação Alsos, as equipes que compunham o Projeto Manhattan serviram na Europa, às vezes atrás das linhas inimigas, onde elas reuniram materiais nucleares e documentos junto a cientistas alemães.

O primeiro dispositivo nuclear a ser detonado foi uma bomba de implosão no teste Trinity, realizado no Campo de Teste de Mísseis de White Sands, no Novo México, em 16 de julho de 1945. Little Boy e Fat Man foram utilizadas nos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, respectivamente. Nos anos pós-guerra, o Projeto Manhattan realizou testes de armas no Atol de Bikini, como parte da Operação Crossroads, desenvolveu novas armas, promoveu o desenvolvimento da rede de laboratórios nacionais, apoiou a pesquisa médica em radiologia e lançou as bases de uma marinha de propulsão nuclear, que manteve o controle sobre a pesquisa e a produção das armas atômicas norte-americanas, até a formação da Comissão de Energia Atômica em janeiro de 1947. O Projeto Manhattan foi operado sob uma cobertura de segurança rígida, mas os espiões atômicos soviéticos, ainda assim, conseguiram penetrar no programa e colher informações.

  1. «Consumer Price Index (estimate) 1800–2013». Federal Reserve Bank of Minneapolis. Consultado em 16 de agosto de 2013 

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