Psicologia organizacional

A psicologia organizacional, inicialmente denominada como psicologia industrial, estuda os fenômenos cognitivos, comportamentais, subjetivos e psicológicos presentes nas organizações. Mais especificamente, atua sobre os problemas organizacionais ligados aos fatores humanos no trabalho, abrangendo, inclusive, a gestão de recursos humanos (ou gestão de pessoas).

No Brasil, cerca de 23,6% dos psicólogos trabalham na área organizacional, o que a torna a segunda maior área da psicologia.[1] De forma geral, a Psicologia Organizacional está ligada às empresas, indústrias e instituições de forma expandida. Atualmente, a atuação do psicólogo nesta área se faz multifacetada, seja na promoção de condições ergonômicas, planejamento estratégico das organizações bem-estar de cada um dos colaboradores, abrangendo até mesmo o manejo de condições adversas e conflitos existentes em um ambiente de trabalho.

Tradicionalmente, as principais áreas da Psicologia Organizacional são: recrutamento e seleção de pessoal, treinamento, desenvolvimento e educação de pessoal, avaliação de desempenho, além de aspectos próprios das condições mais amplas de gestão estratégica e diagnóstico organizacional. De forma mais recente, com o advento das empresas de base tecnológica com modelos de negócios inovadores (as Startups) e a maximização da disseminação de tecnologias da informação digital, houve incremento no espaço de aplicação da Psicologia Organizacional nas empresas e instituições.

Algumas das principais atividades do Psicólogo Organizacional:

  • Delinear estruturas de cargos, salários, promoção e desligamento de pessoal;
  • Realizar recrutamento, seleção e integração de novos funcionários;
  • Efetuar a avaliação psicológica da força de trabalho, mediante aplicação de entrevistas, observações, testes psicológicos (atividade exclusiva para psicólogo) e outras técnicas próprias da Psicologia;
  • Desenvolver pesquisas envolvendo indicadores do tipo soft measurement (sentimentos, emoções, percepções, significados, cognições, etc);
  • Estruturar programas de treinamento, desenvolvimento e educação para os profissionais da organização;
  • Gerir as condições formativas da cultura organizacional e aquelas percebidas mediante o clima organizacional para a promoção de práticas de gestão mais eficazes;
  • Resolver situações de conflito entre agentes de interesse da organização (funcionários, chefias, clientes, sociedade civil, governo, etc);
  • Projetar e implementar sistemas de avaliação e gestão de desempenho;
  • Desenhar e implementar programas para promoção de bem-estar, qualidade de vida e ergonomia no trabalho;
  • Atuar nos processos de tutorização e desligamento dos funcionários;
  • Assegurar a qualidade e ética das práticas de compliance mediante análise de implicação das consequências sociais da organização;
  • Organizar formas de comunicação institucional efetivas entre diferentes estratos da organização;
  • Subsidiar as decisões organizativas quanto aos fatores humanos e estratégias organizacionais frente às influências micro e macroeconômicas inerentes aos cenários de incerteza da atual economia global;
  • Projetar e integrar equipes multidisciplinares para a formulação de indicadores sistêmicos e multiníveis para planejamento e avaliação das estratégias e resultados organizacionais.
  1. BASTOS, A.V.B. Áreas de atuação — em questão nosso modelo profissional. In. CFP. Quem é o Pisicólogo Brasileiro?, São Paulo: Edicon, Educ, 1988. p. 163-192.

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search