Reconquista

 Nota: Para outros significados, veja Reconquista (desambiguação).
Reconquista

A rendição de Granada por Francisco Pradilla Ortiz
Data 7181492
Local Península Ibérica
Desfecho
  • Vitória dos cristãos, reconquistando a Península ibérica
  • Fim da Reconquista para o Reino de Portugal com a conquista de Faro em 1249
  • Fim da Reconquista com a conquista de Granada em 1492
Beligerantes
Cristãos:

Séc. VIII a X:


Séc. X a XIII:


Séc. XIII a XV



Muçulmanos:

Séc. VIII a X:


Séc. X a XIII:


Séc. XIII a XV



A Reconquista[nota 1] é um dos termos pelo qual é conhecido o processo histórico ao longo do qual os reinos cristãos da Península Ibérica procuraram dominar a região durante o período de al-Andalus. Tal processo decorreu entre 718 ou 722 (data provável da Batalha de Covadonga, liderada por Pelágio das Astúrias) e 1492, com a conquista do Emirado de Granada pelos reinos cristãos. O controlo progressivo da península possibilitou a fundação de novos reinos cristãos, como o Reino de Portugal e o Reino de Castela, precursores de Portugal e de Espanha.[3]

Houve resistência em várias partes da Península Ibérica, e os muçulmanos não conseguiram ocupar o norte da península, onde resistiam muitos refugiados cristãos; aí surgiria Pelágio, que se pôs à frente dos refugiados, iniciando imediatamente um movimento para reconquistar o território perdido.[4] Houve avanços e retrocessos. Portugal quase terminou sua Reconquista em 1187, mas o sul foi invadido pelo Califado Almóada do Norte da África. As constantes invasões islâmicas e a desunião ibérica, entre outros fatores, favoreciam bastante os muçulmanos.

Os reinos ibéricos eram monarquias feudais eficientes para combater as razias muçulmanas. Todavia, o processo de Reconquista era dificultado pela desunião dinástica e pelas guerras feudais. A ocupação das terras conquistadas fazia-se com um cerimonial: cum cornu et albende de rege, isto é, com o toque das trombetas e o estandarte desfraldado.[5]

A ideia de guerra santa, pela cruz cristã, só veio a surgir na época das Cruzadas (1096), e, já em 1085, os reinos cristãos haviam reconquistado mais da metade da Península Ibérica. A reconquista de todo o território peninsular durou cerca de cinco séculos, só ficando concluída em 1492, com a tomada do reino muçulmano de Granada pelos reis Católicos.[4]

Em Portugal, a reconquista terminou antes, com a conquista definitiva da cidade de Faro, pelas forças de D. Afonso III, em 1249. Na época, a população se concentrava no centro-norte até ao sul de Évora e Santiago do Cacém, enquanto o extremo sul do país encontrava-se completamente despovoado. O Algarve só seria repovoado na segunda metade do século XIII.

  1. Kabha, M. (2023). «The Fall of Al-Andalus and the Evolution of its Memory in Modern Arab-Muslim Historiography». The Maghreb Review (em inglês). 48 (3): 289–303. doi:10.1353/tmr.2023.a901468 
  2. Al-Mallah, M. (2019). «The Afterlife of Al-Andalus: Muslim Iberia in Contemporary Arab and Hispanic Narratives» (em inglês). 56 (1). doi:10.5325/complitstudies.56.1.e-22 
  3. «Batalha de Guadalete e o domínio mouro. Batalha de Guadalete». Brasil Escola. Consultado em 5 de abril de 2021 
  4. a b «Guerras de Reconquista da Península Ibérica. Guerras de Reconquista». Brasil Escola. Consultado em 5 de abril de 2021 
  5. Saraiva, José H. (1991). História concisa de Portugal. [S.l.]: Europa-América 


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