Rio Doce

 Nota: Este artigo é sobre o curso d'água. Para o município, veja Rio Doce (município). Para outras acepções, veja Rio Doce (desambiguação).
Rio Doce
Rio Doce
Rio Doce em Galileia, Minas Gerais.
Mapa da bacia do rio Doce com o curso principal em destaque
Mapa da bacia do rio Doce com o curso principal em destaque
Mapa da bacia do rio Doce com o curso principal em destaque
Comprimento 853 km
Nascente Confluência dos rios Piranga e do Carmo em Minas Gerais
Foz Oceano Atlântico em Regência Augusta, Linhares, Espírito Santo
Área da bacia 86 175 km²
Afluentes
principais
Pela margem esquerda: rios Piracicaba, Santo Antônio, Corrente Grande, Suaçuí Pequeno, Suaçuí Grande, Pancas e São José; pela margem direita: rios Casca, Matipó, Caratinga, Manhuaçu, Guandu, Santa Joana e Santa Maria do Rio Doce.
País(es) Brasil

O rio Doce é um curso de água da Região Sudeste do Brasil, que banha os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Origina-se na confluência dos rios Piranga e do Carmo, entre os municípios de Ponte Nova, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, em Minas Gerais. Contudo, seu curso principal se inicia com a nascente do rio Xopotó, afluente do rio Piranga, em Desterro do Melo.

A partir do encontro dos rios Piranga e do Carmo, o manancial percorre 853 km até a foz no oceano Atlântico, banhando 38 municípios. O encontro com o mar forma um estuário que está localizado na altura do povoado de Regência Augusta, integrante do município de Linhares, no litoral do Espírito Santo. A bacia do rio Doce abrange 86 mil km² de área de drenagem e quase 230 municípios, com uma população de mais de 3,6 milhões de habitantes, correspondendo à bacia mais importante totalmente inserida na Região Sudeste do Brasil.

Foi descrito pela primeira vez pelos colonizadores europeus por André Gonçalves em 1501. Contudo, núcleos urbanos se consolidaram nas margens do curso hídrico somente no século XX, com a construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas. A locação da ferrovia, que acompanha o rio Doce de Colatina ao Vale do Aço, deu início ao crescimento populacional ao permitir o desenvolvimento econômico. Trata-se de uma região com notável presença da agropecuária e da atividade industrial, sobretudo da mineração e da siderurgia. O potencial hidrelétrico do rio e seus afluentes é aproveitado pelas indústrias e pelo Sistema Interligado Nacional por meio de usinas hidrelétricas.

Apesar de sua importância geográfica, social e econômica, o manancial sofre gravemente com o assoreamento, desmatamento, baixa cobertura por matas ciliares e recebimento de esgoto sem tratamento. Essa situação foi agravada pelo rompimento de barragem em Mariana em 2015, quando a lama de uma barragem de rejeitos pertencente à Samarco chegou ao rio Doce através do rio do Carmo. Dessa forma, todo o leito foi contaminado por metais usados na mineração. Esse foi o maior impacto ambiental da história brasileira, mas antes mesmo desse acidente o rio já se posicionava entre os dez mais poluídos do país.


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