Salvia divinorum

Salvia divinorum
'S. divinorum'
'S. divinorum'
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Salvia
Espécie: S. divinorum
Nome binomial
''Salvia divinorum''
Epling & Játiva[1]

A Salvia divinorum é uma espécie Sálvia. Existem cerca de 900 espécies de sálvia, que incluem um grande número de plantas ornamentais e também a Salvia officinalis, usada na culinária. O gênero Salvia pertence à família da hortelã Lamiacae (anteriormente conhecida como Labiatae), que também inclui ervas familiares como o orégano e o basílico.

O termo Salvia divinorum traduz-se literalmente como "erva divina". A planta também é conhecida por termos mais populares, tais como: Ska (Maria) Pastora, folha da pastora, menta mágica, sava, hierba de los dioses, etc. É oriunda de uma pequena área em Oaxaca, no México, onde cresce na área montanhosa dos índios Mazatecas. A S. divinorum é uma planta perene que cresce entre 1 a 2 metros, e encontra-se normalmente em locais úmidos e à sombra. Os caules são angulares e ocos. As folhas são verde escuras, com 15 a 20 cm de comprimento e pontas dentadas. A planta floresce esporadicamente entre Outubro e Junho, e dá flores azuis ou brancas.

Molécula de Salvinorina A

Raramente dá sementes, mesmo se for cuidadosamente podada à mão. E quando dá sementes, estas raramente são viáveis: apenas uma pequena percentagem desenvolverá eventualmente até plantas maduras. Quando cresce selvagem, a planta propaga caindo e criando raízes onde toca na terra. Num ambiente altamente úmido, não é incomum ver raízes formarem-se no caule, mesmo antes da planta cair à terra. Estas formações de raízes fazem dos cortes um método de cultivo fácil. Muitos botânicos acreditam mesmo que a S. divinorum é o que se chama uma planta ‘cultigene’, o que significa que é cultivada e desconhece-se o seu duplicado selvagem. A sálvia encontrada no México também foi cultivada.

Como as sementes da S. divinorum são tão raras, quase todas as plantas em circulação foram propagadas através de dois clones. O primeiro foi colhido em 1962, por R. Gordon Wasson (a linhagem Wasson-Hofmann), e o segundo, chamado “Palatable” foi intruduzido por Brett Blosser, em 1991. Por este motivo, a variedade genética disponível de S. divinorum é muito limitada. Um perito em sálvias, Daniel Siebert, conseguiu cultivar uma série de clones a partir de sementes produzidas por ambas as linhagens.

Em Portugal, desde Abril de 2013 o consumo e a cultivação da S. divinorum (e respetivos constituintes psi-coativos salvinorina A e salvinorina B) tornou-se ilegal, proclamado no Diário da Républica.

Já no Brasil ela começou a ser proibido desde Julho de 2012 em uma resolução da Anvisa[2]

  1. Leander J. Valdés III, JoséLuis Díaz, Ara G. Paul, Ethnopharmacology of ska María Pastora (Salvia divinorum, Epling AND Játiva-M.), Journal of Ethnopharmacology, Volume 7, Issue 3, May 1983, Pages 287-312, ISSN 0378-8741, http://dx.doi.org/10.1016/0378-8741(83)90004-1.
  2. «Mais uma planta criminalizada: Anvisa proíbe Salvia divinorum». Revista Fórum. 12 de julho de 2012. Consultado em 19 de junho de 2020 

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