Sexualidade na Roma Antiga

Afresco achado em Pompeia

A sexualidade na Roma Antiga é mencionada na arte, na literatura, em inscrições, e principalmente em achados arqueológicos, tais como artefatos eróticos, pinturas parietais e na arquitetura. A tradição posterior, por vezes, colocava a "prática sexual livre" como característica da antiga Roma,[1] mas tais atitudes prática nunca obtiveram boa impressão no Ocidente desde a ascensão do cristianismo. Na imaginação popular e da cultura, tornaram-se sinônimo de libertinagem e abuso sexual.

Mas a sexualidade não foi exatamente uma preocupação da maioria dos romanos e sim as normas sociais tradicionais que afetavam a vida pública, privada e militar. Pudor e vergonha foram fatores de regulação do comportamento, como também as restrições legais sobre certas transgressões sexuais foram reguladas em ambos os períodos (Republicano e Imperial). Os censores eram funcionários públicos que determinavam a posição social dos indivíduos e serviam também para avaliar uma má conduta sexual e que tipo de comportamento deveriam adotar os cidadãos da ordem senatorial. Michel Foucault, em meados do século XX, considerou o sexo em todo o mundo greco-romano regido pela contenção e arte de administrar o prazer sexual.

A sociedade romana era patriarcal e a masculinidade baseava-se em uma capacidade para governar a si mesmo e outros de menor status, não só na guerra e na política, mas na cama também. A "Virtude" (virtus), termo relacionados pela etimologia para a palavra latina para "homem" (vir), era um ideal masculino, ativo, de auto-disciplina. O ideal era correspondente a uma mulher pudica, que frequentemente traduzido como a castidade ou modéstia, mas também uma qualidade mais positiva e até mesmo com uma conotação competitiva. As matronas, mulheres romanas das classes altas, eram criadas para serem bem educadas, de caráter forte, e firmes na manutenção de sua família na sociedade.

Algumas atitudes e comportamentos sexuais na cultura romana antiga diferem de uma maneira marcante daquelas nas sociedades ocidentais. A religião romana apoiava-se na sexualidade como um aspecto de prosperidade para o Estado, e os indivíduos podiam dirigir a prática religiosa privada ou "mágica" para melhorar a sua vida erótica ou saúde reprodutiva. A prostituição era legal, pública e generalizado. Pinturas pornográficas foram destaque entre as coleções de arte em respeitáveis ​​famílias da classe alta.

É importante ressaltar que uma análise enganosamente rígida, com um olhar recheado de valores contemporâneos, pode obscurecer as verdadeiras expressões da sexualidade entre os romanos. Ao contrário do que se é transmitido nos dias de hoje, a sexualidade no Mundo Antigo era vista como algo positivo, representada pelos próprios deuses. Mesmo que a relevância da palavra "sexualidade" para a cultura romana tem sido contestada, na ausência de qualquer outro rótulo para a interpretação cultural da experiência erótica, o termo continua a ser usado.

  1. Catharine Edwards, The Politics of Immorality in Ancient Rome. Cambridge: Cambridge University Press, 1993, p. 65.

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