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Sibilância é um modo de articulação de consoantes fricativas e africadas, produzida ao projetar um jato de ar com a língua em direção a um canal estreito entre os dentes, que ficam semiabertos; uma consoante que tem sibilância pode ser chamada de sibilante. Exemplos de sibilantes na língua portuguesa são os sons no início das palavras soar, zoar, chá, já e tchau. Os símbolos do Alfabeto Fonético Internacional usados para representar os sons destas sibilantes são, respectivamente, [s] [z] [ʃ] [ʒ] . Enquanto a consoante [tʃ] é africada, as outras são fricativas. Sibilantes têm como característica um som intenso, o que explica o seu uso não-linguístico ao chamar a atenção de alguém (ex: chamar alguém usando "sssst!" ou pedir silêncio usando "shhhh!").
Nas sibilantes alveolares (também conhecidas como assobiadas), como [s] e [z], a parte posterior da língua forma um canal estreito a fim de focar o jato de ar mais intensamente, resultando numa tonicidade alta. Já nas sibilantes pós-alveolares (ou chiadas, também chamadas chibilantes), como [ʃ] e [ʒ] em português, a língua fica chata, deixando-as com uma tonicidade mais baixa.
As sibilantes também podem ser chamadas "estridentes", embora tecnicamente não seja um sinônimo. O termo sibilante se refere ao ponto de vista articulatório e aerodinâmico, ou seja, o ar passando pelo obstáculo criado pelos dentes, enquanto o termo "estridente" se refere à qualidade perceptiva do som, e se determina em amplitude e frequência, com total independência do modo articulatório. Fricativas e africadas não-sibilantes produzem as características do seu som diretamente com a língua ou lábios, por exemplo, e o lugar de contato com a boca, sem um envolvimento secundário com os dentes.
A intensidade característica das sibilantes significa que mesmo as menores variações no formato da língua ao produzi-las são perceptíveis, o que explica porque há um grande número de sibilantes que contrastam em muitas línguas.
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