Soja

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Soja

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Glycine
Espécie: G. max
Nome binomial
Glycine max
L. Merrill
Sinónimos
  • Dolichos soja L.
  • Glycine angustifolia Miq.
  • Glycine gracilis Skvortsov
  • Glycine hispida (Moench) Maxim.
  • Glycine soja sensu auct.
  • Phaseolus max L.
  • Soja angustifolia Miq.
  • Soja hispida Moench
  • Soja japonica Savi
  • Soja max (L.) Piper
  • Soja soja H. Karst.
  • Soja viridis Savi
Soja, grãos madura, crua
Valor nutricional por 100 g (3,53 oz)
Energia 1866 kJ (450 kcal)
Carboidratos
Carboidratos totais 30.16 g
 • Açúcares 7.33 g
 • Fibra dietética 9.3 g
Gorduras
Gorduras totais 19.94 g
 • saturada 2.884 g
 • monoinsaturada 4.404 g
 • poli-insaturada 11.255 g
Proteínas
Proteínas totais 36.49 g
 • Triptófano 0.591 g
 • Treonina 1.766 g
 • Isoleucina 1.971 g
 • Leucina 3.309 g
 • Lisina 2.706 g
 • Metionina 0.547 g
 • Cistina 0.655 g
 • Fenilalanina 2.122 g
 • Tirosina 1.539 g
 • Valina 2.029 g
 • Arginina 3.153 g
 • Histidina 1.097 g
 • Alanina 1.915 g
 • Ácido aspártico 5.112 g
 • Ácido glutâmico 7.874 g
 • Glicina 1.880 g
 • Prolina 2.379 g
 • Serina 2.357 g
Água 8.54 g
Vitaminas
Vitamina A equiv. 1 µg (0%)
Tiamina (vit. B1) 0.874 mg (76%)
Riboflavina (vit. B2) 0.87 mg (73%)
Niacina (vit. B3) 1.623 mg (11%)
Ácido pantotênico (B5) 0.793 mg (16%)
Vitamina B6 0.377 mg (29%)
Ácido fólico (vit. B9) 375 µg (94%)
Vitamina B12 0 µg (0%)
Colina 115.9 mg (24%)
Vitamina C 6.0 mg (7%)
Vitamina E 0.85 mg (6%)
Vitamina K 47 µg (45%)
Minerais
Cálcio 277 mg (28%)
Ferro 15.7 mg (121%)
Magnésio 280 mg (79%)
Manganês 2.517 mg (120%)
Fósforo 704 mg (101%)
Potássio 1797 mg (38%)
Sódio 2 mg (0%)
Zinco 4.89 mg (51%)
Link to USDA Database entry
Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária recomendada para adultos.
Fonte: USDA Nutrient Database

A soja (nome científico: Glycine max), também conhecida como feijão-soja e feijão-chinês,[1] é uma planta pertence à família Fabaceae, família esta que compreende também plantas como o feijão, a lentilha e a ervilha. É empregada na alimentação humana (sob a forma de óleo de soja, tofu, molho de soja, leite de soja, proteína de soja, soja em grão, etc.) e animal (no preparo de rações). A palavra "soja" vem do japonês shoyu.[2] A planta é originária da China e do Japão. É um grão rico em proteínas. Dentre os sais minerais, os mais presentes são: potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cobre e zinco. É fonte de algumas vitaminas do complexo B, como a riboflavina e a niacina, e também em vitamina C (ácido ascórbico). Porém é pobre em vitamina A e não contém vitamina D e B12.[3]

Além destes nutrientes, a soja contém a isoflavona,[4][5] também chamada de fitoestrógeno, que atua na prevenção de doenças crônico-degenerativas como o câncer de mama, de cólon de útero e de próstata. Sua estrutura química é semelhante ao estrógeno (hormônio feminino) e, por isso, é uma substância capaz de aliviar os efeitos da menopausa e da tensão pré-menstrual.[6]

As propriedades estrógenas também ajudam a reduzir um outro problema causado pela deficiência hormonal: a osteoporose. Na maioria dos alimentos à base de soja, o teor de isoflavonas varia de 100 a 300 miligramas.[7] As fibras dietéticas solúveis e insolúveis presentes na soja contribuem para a manutenção do nível glicêmico e para a melhora da sensibilidade à insulina, e por apresentar baixo índice glicêmico é relevante na prevenção e tratamento de diabetes e obesidade. O grão ainda possui ácido fítico, também chamado de Fitato.

Os fitatos são considerados fatores antinutricionais, pois reduzem a biodisponibilidade no organismo de alguns minerais como cálcio, ferro, magnésio, manganês, cobre e zinco, principalmente. Porém, na última década, estudos demonstraram que os fitatos também atuam como potentes agentes antioxidantes (prevenindo a oxidação ou envelhecimento das células), cumprindo assim uma função importante na redução dos riscos de inúmeras doenças crônicas e degenerativas, como alguns tipos de câncer e artrites. O teor de fitatos na soja varia de 1,5% da composição do grão, no feijão de 2,5% e nos farelos como o de trigo e o arroz esta entre 4,5%.

Entretanto, ele é neutralizado por aquecimento, tanto cozinhando em casa, como por meio dos processos industriais (processo UHT), resultando em preparações adequadas para o consumo humano. Portanto, bebidas à base de soja, não possuem fatores antinutricionais, podendo ser consumidos com segurança.[8][9] O óleo de soja é o mais utilizado pela população mundial no preparo de alimentos. Outros produtos derivados da soja incluem bebidas a base de soja, óleos, farinha, molho de soja, sabão, cosméticos, resinas, tintas, solventes e biodiesel.

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 766.
  2. FERREIRA, Aurélio B. de H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s.d., 1499 p. (12ª. Impressão).
  3. AZEVEDO, Elaine de. «Riscos e controvérsias na construção social do conceito de alimento saudável: o caso da soja» (PDF). Revista Saúde Pública. 4 (45). pp. 781–788. Consultado em 5 de fevereiro de 2014 
  4. CASTILHO, Ana Cristina. «Isoflavonas de Soja» 
  5. GOES-FAVONI, Silvana Pedroso de; et al. «Isoflavonas em produtos comerciais de soja». Ciência e Tecnologia de Alimentos. 24 (4). Consultado em 4 de fevereiro de 2014 
  6. PREDIGER, SClarice Cardozo da Costa; et al. «Effects of soy protein containing isoflavones on women's lipid profile: a meta-analysis». Revista de Nutrição. 24 (1). pp. 161–172. Consultado em 3 de fevereiro de 2014 
  7. MAGNONI, Dr. Daniel. «Soja – A Bem da verdade» 
  8. MAHAN, L. K.; ARLIN, M. T. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 8a ed. São Paulo: Roca, 1995.
  9. Mateos-Aparicio I, Redondo Cuenca A, Villanueva-Suárez MJ, et al. Soybean, a promising health source. Nutr Hosp 2008; 23(4): 305-312.

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