Tantra

 Nota: Para outros significados, veja Tantra (desambiguação).
Arte tantra (do canto superior esquerdo, em sentido horário): Uma divindade tântrica hindu, divindade tântrica budista, pintura tântrica jainista, chacras de kundalini, um iantra e Saichō no século XI – fundador da tradição tantra Tendai

Tantra (sânscrito: तन्त्र, lit. "tear, tecelagem, sistema" — denotando "continuidade"[1]) ou tantrismo refere-se às tradições esotéricas do hinduísmo e do budismo que se co-desenvolveram provavelmente em meados do primeiro milênio d.C. O termo tantra, nas tradições indianas, também significa qualquer "texto, teoria, sistema, método, instrumento, técnica ou prática" sistemática de aplicação ampla.[2][3]

Começando nos primeiros séculos da era comum, surgiram os tantras recém-revelados, centrados em Vixnu, Shiva ou Shakti.[4] No budismo, a tradição Vajrayana é conhecida por suas extensas ideias e práticas tantra.[5][6] As tradições tântricas hindus e budistas influenciaram outras tradições religiosas orientais, como o jainismo, a tradição tibetana bön, o taoismo e a tradição japonesa xinto.[7]

Certos modos de adoração não-védica, como puja, são considerados tântricos em sua concepção e rituais. A construção do templo hindu também geralmente se conforma à iconografia do tantra.[8][9] Os textos hindus que descrevem esses tópicos são chamados de Tantras, Āgamas ou Samhitās.[10][11] No budismo, sua literatura de gênero tantra influenciou as obras de arte no Tibete, os templos históricos das cavernas da Índia e as imagens no sudeste da Ásia.[12][13][14]

  1. Namkhai Norbu (2000). The crystal and the way of light : sutra, tantra and dzogchen. Ithaca, NY, USA: Snow Lion Publications. OCLC 43561833 
  2. Ron Barrett (2008). Aghor Medicine. University of California Press. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-520-25218-9 
  3. Flood 2006, pp. 9–14.
  4. Flood 2006, p. 7-8.
  5. Flood 2006, pp. 9, 107.
  6. Geshe Kelsang Gyatso (2000). Essence of Vajrayana: The Highest Yoga Tantra Practice of Heruka Body Mandala. Motilal Banarsidass. [S.l.: s.n.] pp. x, 5–7. ISBN 978-81-208-1729-6 
  7. Gray 2016, pp. 1–2, 17–19.
  8. Padoux 2013, p. 2.
  9. Flood 2006, p. 53,73-75,79,81-3,99,132-3,177.
  10. Padoux 2013, p. 1.
  11. Lorenzen 2002, p. 25.
  12. Robert Beer (2003). The Handbook of Tibetan Buddhist Symbols. Serindia Publications. [S.l.: s.n.] pp. xi–xiv. ISBN 978-1-932476-03-3 
  13. Carmel Berkson (1986). The caves at Aurangabad: early Buddhist Tantric art in India. Mapin. [S.l.: s.n.] pp. 11–12 
  14. Sylvia Fraser-Lu; Donald M. Stadtner (2015). Buddhist Art of Myanmar. Yale University Press. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-300-20945-7 

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